O país poderá atingir novo recorde na safra de grãos 2014/2015, superando 200 milhões de toneladas, mesmo com as incertezas climáticas e as tendências de queda na liquidez e elevação dos juros no mercado internacional (com impacto sobre os preços das commodities).
A expectativa é da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA) para quem o recorde histórico é decorrente de um “pequeno crescimento” na área plantada e “melhoria da produtividade”. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da SNA, Antonio Avarenga, disse que o crescimento, mesmo em meio a adversidades, é a prova de que o agronegócio responde bem às ações do governo, como incentivos fiscais e planos específicos. “Essa será uma safra muito boa, com resultados recordes e um pouco acima do da safra no período imediatamente anterior, apesar dos problemas climáticos, principalmente. Isso se deve ao aumento da área plantada e da produtividade. E é uma prova de que o agronegócio responde bem aos estímulos do governo, que implementou um plano safra satisfatório”, disse.
Antonio Alvarenga adiantou que a entidade prevê crescimento de 1,5% da área destinada ao plantio e produção 4% superior à safra anterior, em parte por causa do maior aproveitamento da safra graças à melhoria de processos tecnológicos no campo.
Apesar das boas perspectivas, a SNA alerta para eventuais problemas climáticos. “Todas as previsões devem ser vistas com reservas, tendo em vista a possibilidade de eventos climáticos que venham alterar a produtividade”, ressaltou.
Apesar das projeções de safra recorde, o agronegócio deverá, segundo o diretor da entidade, Hélio Sirimarco, dar uma contribuição menor para a balança comercial brasileira em 2015. “Existem indicações de queda ou estagnação das exportações do setor, com retração dos preços médios dos produtos exportados. A equação pressupõe, ainda, que a produção brasileira de grãos seguirá a trajetória antecipada pelos primeiros levantamentos de safra”, ressalta.
Veículo: Estado de Minas