No caso do algodão, a produção maior nos EUA e recuo das compras pela China pressionaram os preços da pluma em 2014. De acordo com as perspectivas da FCStone divulgadas ontem, o gigante asiático continuará sendo o fiel da balança em 2015: se voltar a comprar com força, poderá reduzir os estoques norte-americanos e a impulsionar as cotações na Bolsa de Nova York.
A FCStone também avalia que 2015 será de preços em alta para o cacau, puxados pela demanda crescente, em especial nos Estados Unidos, que se recuperam da crise, e em mercado que até então não consumiam muito, como os da Ásia. Na últimas cinco safras, o esmagamento da amêndoa acumulou crescimento de 17,6%, passando para 4,339 milhões de toneladas em 2014/15, que, por conta da demanda, deverá registrar déficit de 125 mil toneladas
Para o trigo, a consultoria prevê que 2015 poderá ser de recuperação dos prejuízos de 2014, a começar pela perspectiva de preços mais remuneradores na entressafra, que deve ter oferta menor em virtude das perdas provocadas pelo clima adverso do ano passado. Fora isso, as tensões geopolíticas na região do Mar Negro ainda persistem e têm potencial para sustentar os preços da commodity na bolsa de Chicago.
Fertilizantes - A China extingue neste ano a janela de baixas tarifas de exportação de fosfatos e nitrogenados, substituindo-as por uma única taxa ao longo de todo o ano. "A política dará preços mais competitivos aos seus produtos, tetos mais baixos ao mercado internacional, além de facilitar a logística e o planejamento comercial dos agentes do país", diz a FCStone.
Para a consultoria, outros fatores a serem monitorados em 2015 são: demanda por nitrogênio nos EUA, a importância do ratio soja/milho para o consumo de fosfatados e as conseqüências da concentração do mercado na comercialização de cloreto de potássio. (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG