Olimpíada vira desafio para área de marketing Publicidade

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A expectativa é que o sucesso da Copa do Mundo atraia novos investidores para o segmento em 2016. Nos últimos 4 anos, o megaevento provocou alta de 20% em companhias do setor

 

 



Vitrine para os negócios durante as Olimpíadas de 2016, a Copa do Mundo aumentou em 20% o segmento de marketing esportivo nos últimos quatro anos - desde o planejamento à produção. Em média, o setor movimenta cerca de R$ 5 bilhões por ano, entre empresas diretas (agências de publicidade) e indiretas (mídia).

Enquanto algumas agências de publicidade foram afetadas pelo cenário macroeconômico do País, as publicitárias que aproveitaram o momento para realizar ações relativas ao megaevento tiveram alta significativa, diz o responsável pela área de esportes da empresa de auditoria e consultoria BDO Brasil, Pedro Daniel.

No entanto, a expectativa é que as Olimpíadas de 2016 sejam um desafio para o setor. "O público é diferente", avisa. Para ele, enquanto a Copa reunia espectadores do mundo inteiro em bares e restaurantes, além de garantir feriados no Brasil, as Olimpíadas são mais segmentadas e o público é variado, devido às modalidades esportivas. O importante, diz ele, é estudar de forma minuciosa o público alvo de ações pontuais.

De acordo com as agências de publicidade com departamentos especializados no segmento, ESM, Effect Sport e 9ine, a principal estratégia está nas ações em longo prazo. Além de custar menos - já que o investimento é diluído -, as ações de longo prazo garantem o retorno da ação, pois é possível realizar a medição do impacto e corrigir durante o período de realização.

Vínculo de marca

Outro benefício da Copa do Mundo foi o número de empresas sem relação com o esporte, mas que foram atraídas pelo mercado. "O evento mostrou para as companhias que eventos esportivos são mobilizadores de consumidores", analisou o diretor de projetos esportivos da empresa ESM, Eduardo Generoso.

A expectativa dele é que a procura pelo mercado de marketing esportivo aumente até a realização das Olimpíadas. "No entanto, as empresas devem iniciar seus investimentos com antecedência para conseguir vincular a sua marca ao esporte desejado", alerta. Para ele, os megaeventos são protagonistas do período e se a empresa deixar para última hora pode não obter o impacto desejado.

Afora isso, o projeto deve ser pontual. É melhor gastar o recurso financeiro em uma ação eficaz, do que em várias sem a mesma eficiência, diz.

O diretor da área de gerenciamento de imagem da 9ine, Marco Serralheiro, concorda. "Se aproximar do esporte olímpico com antecedência permite um link natural para o consumidor", ressalta. Outra ação importante é o investimento nas mídias digitais e a TV. "Não se pode ignorar a força desse meio", diz.

Já para a coordenadora do MBA em marketing esportivo da universidade ESPM, Clarisse Setyon, o tempo não é um grande problema, qualquer ação por pequena que seja pode ter resultados positivos. "O importante é ter campanhas criativas que possam ser lembradas", explica.

Um exemplo citado por ela é o da Nike, que mesmo sem ser patrocinadora oficial do evento foi uma das marcas mais lembradas pelas suas chuteiras coloridas. "A Copa foi uma escola para as Olimpíadas", brinca. Para ela, as agências devem estudar os erros e acertos de 2014 para obter alta em 2016.

Campanha a distância

No caso da Effect Sport, mesmo sem ligação direta com o futebol, a agência conseguiu alta de 30% no faturamento. E já informou ao DCI que grande parte do trabalho para 2016 está definido. "Para 2015, focaremos na região de origem (Rio de Janeiro), mas já planejamos 8 eventos fora do estado", disse o diretor da Effect Sport, Pedro Rego Monteiro.

Segundo o executivo, o foco da empresa não é o futebol, no entanto a meta de crescimento foi atingida e a empresa tem aproveitado para se preparar para Olimpíadas. Mesmo mirando nos resultados para Olimpíadas, o especialista da BDO, Pedro Daniel, ressalta que as empresas também devem estender a estratégia pós-megaevento.

"Após a Copa do Mundo os investimentos não foram continuados", lamenta. Sendo que, o mais importante dos megaeventos é a oportunidade de atrair investimentos para a rotina do mercado.



Veículo: DCI


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