Os custos de produção das indústrias de fumo e de papel e celulose subiram 2,90% e 2,33%, respectivamente, liderando a alta do Índice de Preços ao Produtor (IPP) de outubro para novembro de 2014
Embora representem as maiores altas no período, esses setores não têm grande influência sobre o IPP geral, que subiu 1,16% em novembro, na mesma comparação. Juntos, os setores de alimentos (0,29 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,20 p.p.), veículos automotores (0,12 p.p.) e metalurgia (0,11 p.p.), compõem a maior parte do IPP, enquanto os demais setores correspondem a 0,45 ponto percentual do indicador geral, explica o técnico Cristiano Santos, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulga o índice mensalmente.
As únicas atividades industriais que registraram queda nos custos de produção, em novembro na comparação com outubro, foram a de impressão (-2,98%) e farmacêutica (-0,33%). Mesmo na comparação com novembro 2013, os dois setores seguem registrando redução nos custos, com queda mais acentuada na indústria de impressão (- 5,78%) e menos no setor farmacêutico (-0,19%).
Difusão
"É interessante notar que entre as 23 atividades analisadas, 20 tiveram aumento, isso indica uma dispersão maior da alta de preços em toda a cadeia", afirma Santos. Segundo ele, não é possível atribuir razões específicas ao movimento de alta nos preços, pois cada setor foi impactado por fatores distintos no período, mas ele confirma a disparada nos preços com a tendência generalizada de reajustes.
No acumulado de 2014, o IPP avançou 3,94%, com o setor de metalurgia (10,48%) liderando com a maior alta nos preços e, no sentido contrário, impressão (-4,28%) mantém as maiores retrações do índice. Outro fator que influenciou o aumento do IPP no período foi a valorização do dólar nos últimos meses, que impactou mais significativamente os setores ligados a commodities, como fumo, papel e celulose, destacou o técnico do IBGE.
Veículo: DCI