As importações chinesas de açúcar caíram 23% em 2014, para 3,49 milhões de toneladas, segundo dados oficiais divulgados na última sexta-feira (23), após uma queda nos preços no mercado do segundo consumidor mundial do adoçante impulsionar a demanda pelo produto local.
A China foi o maior importador global da commodity em 2013, depois que um recuo acentuado dos valores internacionais alavancaram compras no exterior do produto mais barato. As importações chinesas caíram no ano passado com os preços domésticos perdendo quase 20% do seu valor até o terceiro trimestre, pressionados por enormes estoques comerciais.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê que a Indonésia seja o maior importador mundial da commodity na temporada de 2014/2015. Fontes comerciais esperam que as compras do gigante asiático atinjam cerca de 3,3 milhões de toneladas neste ano.
A China permite que 1,94 milhão de toneladas de açúcar importado entre no país a cada ano a uma taxa de 15%, como parte de seus compromissos com a Organização Mundial do Comércio.
O Brasil, maior exportador mundial da commodity, foi o principal fornecedor do produto aos chineses em 2014, com desembarques de 2,1 milhões de toneladas.
Safra brasileira
No acumulado do ano passado, a moagem de cana-de-açúcar desde o início da safra até 1º de janeiro alcançou 567,81 milhões de toneladas, queda de 4,57% em relação aos 595 milhões de toneladas no período anterior, em 2013/2014.
De acordo com levantamento da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a produção acumulada de açúcar alcançou 31,94 milhões de toneladas e, a de etanol, 25,89 bilhões de litros, sendo 10,87 bilhões de litros do biocombustível anidro e 15,01 bilhões de litros de hidratado.
"Conforme havíamos estimado, trata-se de uma safra menor em termos de processamento de cana-de-açúcar e com produção mais alcooleira no comparativo com 2013/2014", diz o diretor técnico da entidade, Antonio de Pádua Rodrigues. /Agências
Veículo: DCI