Companhias como Bematech e Sysmo Sistemas sugerem que clientes devem poupar dinheiro e aumentar o desempenho por meio de soluções que façam a gestão inteligente dos produtos
Em um ano difícil para a economia, crescem as oportunidades de negócios para o setor de tecnologia. Na área de automação comercial, empresas como Bematech e Sysmo Sistemas já traçam planos para vender plataformas que atendam às necessidades do varejo e melhorem a performance. A racionalização de processos por meio da automação é uma busca constante e segue a máxima valorizada no setor: "aumentar o desempenho, gastando menos".
Tanto a Bematech como a Sysmo alegam que os varejistas precisam modernizar seus negócios até mesmo para melhorar seus resultados financeiros em um ano difícil como deverá ser 2015. "Nós temos de mostrar ao cliente as vantagens que essas soluções tecnológicas podem trazer para as empresas, melhorando processos e rentabilizando a operação", diz o diretor de negócios da Bematech, Antenor Gomes.
Unificação
O executivo ressalta que a adoção deste tipo de produtos e serviços deve atrair, especialmente, as pequenas e médias empresas (PMEs), para que as soluções através de hardwares e softwares auxiliem na melhoria dos processos. Desta forma é possível gerir o estoque, intermediar os pagamentos dos consumidores com o cartão e até contatar fornecedores para remessas - tudo por meio dos sistemas automatizados.
Segundo Gomes, os pequenos e médios empresários podem preferir optar pelas ofertas da empresa, graças à unificação da plataforma. "Se alguma parte do processo apresentar qualquer problema, o contato do cliente é feito exclusivamente com a gente. Não importa em qual etapa da gestão do negócio tenha ocorrido a falha", explica ele.
Gomes conta também que, caso a frente de caixa ou os serviços de pagamento pararem de processar as compras, o contato do cliente sempre será com a empresa.
Software
A catarinense Sysmo Sistemas informa que uma plataforma personalizada para gerir ao mesmo tempo a atividade de lojas físicas e também o e-commerce é a estratégia da companhia, que mira no atendimento às PMEs - especificamente no setor supermercadista.
O analista de negócios e responsável pelo marketing da companhia, Davison Marcelo, esclarece que a operação não comercializa os hardwares necessários para o processo de automação, como leitores de código de barras fabricados por empresas como Honeywell e Motorola. Ainda assim, segundo ele, a procura pela plataforma, que inclui os softwares necessários para a gestão de supermercados é grande entre os PMEs que comercializam via internet.
"A gente foca na gestão de centros de distribuição, uma parte sensível da operação dos supermercados", conta. Marcelo exemplifica o uso do programa da Sysmo no dia a dia de um estabelecimento comercial. "Se a administração do supermercado tem um lote com 300 xampus, o nosso sistema separa automaticamente uma parcela", conta.
Ele explica que uma amostra de 50 desses produtos, por exemplo, são separados no estoque. Se as lojas físicas precisarem de mais do que os 250 restantes, os 50 do e-commerce não poderão ser utilizados. Então, será necessário pedir mais artigos aos fornecedores.
Davison Marcelo diz, ainda, que a companhia acredita no investimento em equipamentos inteligentes em 2015 para modernizar a frente de caixa, como "monitores touch, além de impressoras sem fio".
Veículo: DCI