A mediana das projeções para os preços administrados em 2015 explodiu no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central. O ponto central da pesquisa simplesmente subiu de 8,20% para 8,70%, mostrando-se cada vez mais como o vilão da inflação deste ano. Há um mês, a mediana das estimativas para esse indicador estava em 7,60%. As projeções para esse indicador, portanto, subiram praticamente 1 ponto porcentual em apenas um mês já que quatro semanas atrás, o relatório do BC apontava para uma taxa de 7,80% para este ano.
Já para 2016, a expectativa é a de que a pressão para a inflação desse conjunto de itens seja menor. A mediana das estimativas voltou para 5,80% - patamar visto há um mês na pesquisa Focus - de uma taxa de 5,90% indicada na semana passada no mesmo documento. De qualquer forma, o impacto desse conjunto de preços segue importante para a construção da inflação do ano que vem, já que a estimativa está muito mais perto do teto (6,50%) do que do centro (4,50%) da meta para 2016.
Até a inflação no atacado revelou certa pressão na Focus divulgada hoje. O IGP-DI deve encerrar 2015 em 5,64%. Na pesquisa anterior, realizada com aproximadamente 100 instituições financeiras, a taxa apontada era de 5,60% e, quatro semanas atrás, de 5,67%. Para 2016, a perspectiva é de uma alta de 5,50% desse indicador apontada há 25 semanas.
Já o ponto central da pesquisa para o IGP-M de 2015 passou de 5 62% para 5,66% de uma semana para outra - no mês passado estava em 5,71%. No caso do ano que vem, a expectativa dos participantes é a de que o principal índice de inflação referência para reajuste de alugueis também suba 5,50%, de acordo com o boletim Focus, que registra esse patamar também há 25 semanas.
Depois de um forte tombo na semana passada, o IPC-Fipe para 2015 mostrou esta semana uma disparada no relatório Focus ao voltar de 4,96% para 5,50%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 5,23%. Para 2016, a inflação de São Paulo, conforme o mesmo levantamento aponta há oito semanas, deve ficar em 5,00%.
Veículo: Diário de Pernambuco