Femagri deve movimentar R$ 60 milhões

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Organizadores da feira apostam na necessidade de investir em tecnologias para reduzir os custos de produção

 



A constante necessidade de investir em tecnologias para reduzir os custos de produção e agregar competitividade ao café deverá impulsionar os negócios durante a Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas (Femagri), a se realizar em Guaxupé, no Sul de Minas, entre os dias 18 e 20 de março. O evento, que é considerado um dos mais importantes do país para o setor, trará as mais novas criações para o setor cafeeiro. A expectativa é de faturamento da ordem de R$ 60 milhões, alta de 13% ante aos R$ 53 milhões gerados na edição anterior.

De acordo com o gerente de Planejamento e Administração da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) e responsável pela organização da Femagri, Elmo Donizetti de Cistolo, mesmo com as perdas registradas na cultura, devido à seca, o faturamento na edição atual deverá superar o registrado em 2014.

"Hoje a grande preocupação do cafeicultor é reduzir os custos, principalmente com a mão de obra e os investimentos em máquinas, equipamentos e insumos com tecnologias avançadas são fundamentais para que a cultura do café tenha longevidade. Dessa forma, acreditamos que os aportes continuarão, mesmo com as perdas provocadas pela estiagem, principalmente na feira, onde o produtor terá condições de conhecer as inovações desenvolvidas para o setor cafeeiro", ressalta Cistolo.

Segundo a Cooxupé, nessa edição são esperados cerca de 25 mil visitantes das principais regiões produtoras de café do Brasil, volume 9% superior ao registrado em 2014. Para atender a crescente visitação houve ampliação do espaço dedicado à feira. Serão 30 mil metros quadrados de espaço coberto, frente aos 20 mil metros quadrados adotados na edição anterior. A área total é de 10o mil metros quadrados.

Infraestrutura -
Ao todo, a Femagri terá 144 estandes, dos quais 64 concentrarão área de exposição para máquinas, implementos e tratores; 26 para área experimental, onde o público poderá ver plantio e demonstração de campo e 54 estandes comuns. Até o momento, 110 expositores fecharam contrato de participação, no ano passado foram 92 expositores.

"A ampliação da feira permite maior visibilidade dos fornecedores e facilita o acesso dos cafeicultores aos estandes. Assim, o produtor poderá conhecer de forma mais aprimorada os equipamentos ofertados. Os associados à Cooxupé também terão condições de pagamentos diferenciados juntos às empresas participantes, como prazos maiores e ou a entrega de sacas de café, cotada no mercado futuro", observa Cistolo.

Trazendo a temática "Viabilizando o futuro da cafeicultura sustentável", a feira reunirá soluções que alinham sustentabilidade com a mecanização, mostrando ao produtor novos processos produtivos que permitem um plantio de qualidade, baixo custo, produtivo e sem agressões ao meio ambiente.

"O cafeicultor precisa investir em formas sustentáveis para a manutenção da cultura e da renda. Através da mecanização é possível reduzir os custos, ampliando a competitividade do café no mercado. A tendência é investir cada vez mais em meios que permitam maior eficiência produtiva e uso racional dos recursos naturais e a Femagri é uma boa oportunidade para conhecer as novas tecnologias para o setor", enfatiza.

Dentro do evento, os cafeicultores poderão visitar uma fazenda modelo, montada pela Cooxupé, onde serão demonstradas técnicas sustentáveis implantadas na produção do café, como o uso da racional da água, descarte correto de embalagens, entre outras. O objetivo é despertar o interesse do produtor e mostrar que é possível a aplicação nas unidades produtivas.

Outra novidade será o estande de classificação do café, onde serão esclarecidas dúvidas em relação à qualificação dos grãos e a diferença entre as bebidas. "Esse espaço é fundamental para mostrar ao cafeicultor a diferença entre as bebidas especiais e estimular os investimentos na melhoria da qualidade do produto, já que essa é uma forma de agregar valor ao grão e comercializá-lo em mercados diferenciados", observa Cistolo.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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