A Via Varejo iniciou a reformulação de algumas lojas Pontofrio com o objetivo de atingir consumidores mais sofisticados no segmento de móveis, em projeto no qual já investiu R$ 3,2 milhões, em meio a um cenário de desaceleração econômica e menor confiança do consumidor
O objetivo da marca é acompanhar a evolução do perfil do cliente do Pontofrio nos últimos anos, que teve avanço da renda e passou a seguir tendências de decoração. "Não temos a intenção de abandonar os clientes que aqui nos trouxeram", disse o diretor comercial de móveis da Via Varejo, André Caio. "Queremos atender também clientes que porventura deixamos de atender porque deixamos de ter opções de móveis... Isso não significa vender mais caro, mas ter mais opções".
Revitalização
O projeto de revitalização prevê criar ambientes decorados nas lojas do Pontofrio. A Casas Bahia, do mesmo grupo, já tem sete lojas nesse perfil, e a primeira do Pontofrio foi inaugurada esta semana no Shopping Nova América, zona norte do Rio de Janeiro.
Até o momento, o projeto lançado em novembro teve investimentos de R$ 3,2 milhões.
A estratégia é adotada em meio a uma redução do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que renovou a mínima histórica em fevereiro ao recuar 4,9% sobre o mês anterior, para 85,4 pontos, indicando que a economia deve continuar enfrentando dificuldades para se recuperar.
Produtos mais caros
Sobre incluir produtos mais caros no portfólio em um momento de desaceleração econômica, a Via Varejo informou que seu planejamento é de longo prazo.
"Além da expansão orgânica [abrir 70 lojas em 2015], estamos realizando trabalho consistente para ganhos de eficiência operacional, redução de despesas e aumento da rentabilidade, além de projetos para atender aos novos anseios do consumidor", disse a empresa em comunicado.
A melhora do desempenho operacional ajudou a impulsionar o lucro da Via Varejo no quarto trimestre em bases ajustadas, com ganhos de eficiência compensando o avanço de vendas no período. O lucro líquido ajustado cresceu 40,7% sobre um ano antes, a R$ 371 milhões. /Reuters
Veículo: DCI