Presente nos pratos da maioria dos brasileiros, e Recife não foge à regra, o feijão deixou o prato mais indigesto em fevereiro. Subiu 5,16%, mas não foi o único, nem o maior aumento. A farinha de mandioca subiu 7,30% e o tomate 5,16%. Os três foram os maiores responsáveis pela elevação de 1,55% da cesta básica na capital pernambucana, em relação ao mês anterior, segundo pesquisa do Dieese, divulgada nesta quarta-feira (4).Segundo o Dieese, houve elevação nos preços e formação de estoque do produto, com a recuperação da cultura após o período de seca. O tomate sofreu com a maturação antecipada por conta das altas termperaturas. Além disso, a redução recente da área de cultivo restringiu a oferta do produto. Já a entressafra foi a justificativa para o aumento do feijão.
Para aliviar o bolso do consumidor, a manteiga e a carne tiveram redução nos preços. A primeira caiu 7,59% e a segunda, 0,54%. Os demais produtos pesquisados subiram de preço. Na ponta do lápis, o recifense gastou mais R$ 4,50 para adquirir os 12 produtos alimentícios pesquisados, para uma família de quatro pessoas, totalizando R$ 294,93.Nos últimos doze meses, houve um acréscimo de R$ 16,28, o que corresponde a 5,84%.De acordo com o Dieese, os gastos com alimentos comprometeram 40,68% do salário mínimo líquido. Para comprar a cesta, foram necessárias 82 horas e 20 minutos de trabalho.
A pesquisa do Dieese apontou que todas as capitais registraram aumento nos preços da cesta básica. As maiores altas foram em Salvador, com 16,37%, Curitiba (8,17%),Belo Horizonte (8,12%) e Goiânia (8,11%). Apenas em Florianópolis e Porto Alegure as variações ficaram abaixo de 2%.Nos últimos doze meses, o cvonsumidor amargou aumento em todas as capitias, com a liderança de Brasília (20,48%), Salvador (18,60%) e Goiânia (18,26%).
A cesta básica mais cara em fevereiro foi a de São Paulo, por R$ 378,86, seguida de Florianópolis, por R$ 259,76, Rio de Janeiro (R$ 357,27), Brasília (R$ 355,70) e Vitória (R$ 354,85).Os moradores de Aracaju foram os que menos desembolsaram em janeiro: R$ 264,67, seguidos pelos de João Pessoa (R$ 286,22).
Veículo: Diário de Pernambuco