Nos níveis de instrução superior completo, elas têm participação de 59,7%
Apesar das mulheres terem avançado no mercado de trabalho, ainda há um longo caminho a percorrer. Inúmeros dados e estatísticas confirmam essa realidade Por exemplo, em 2014, 44,1% das vagas de emprego formal em Santa Catarina foram preenchidas por mulheres. Porém o salário médio delas representa 85% do recebido pelos homens. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo setor de Análise do Mercado de Trabalho da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST).
— As mulheres estão cada vez mais ocupando os postos do mercado de trabalho. Isso é muito bom por um lado, mas lamentavelmente elas ainda enfrentam desigualdades salariais e alguns preconceitos, em especial no setor privado — afirma a secretária de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação, Angela Albino.
Em Santa Catarina, assim como no restante do país, as mulheres são maioria nos níveis de instrução superior completo, com uma participação de 59,7%. Mas é justamente nos níveis de escolaridade mais altos que a diferença salarial é mais expressiva. Entre os trabalhadores com escolaridade até o 5º ano incompleto, as mulheres recebem 86,9% do salário médio de contratação dos homens. Esse percentual cai para 83,3% com o superior completo.
Para elas, o maior número de empregos é no setor de serviços. O estudo aponta ainda que, em relação à escolaridade das pessoas com vínculo formal de emprego, 68% das mulheres possuem o ensino médio completo, 18% concluíram o fundamental completo, 11% têm nível superior completo e 3% estudaram até o 5º ano incompleto.
O salário médio de contratação para elas é de R$ 1.070,30, e entre os homens é de R$1.258,86.
Entre as dez principais ocupações das catarinenses em 2014, destacam-se a de escriturária em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos (5.028); trabalhadoras nos serviços de manutenção de edificações (4.352); alimentadoras de linhas de produção (2.978); recepcionistas (1.798); trabalhadoras de embalagens e de etiquetagem (1.223); trabalhadoras auxiliares nos serviços de alimentação (988); garçonetes, barwomen, copeiras e sommeliers (955); trabalhadoras da preparação da confecção de roupas (852) e professoras de nível médio na Educação Infantil (690).
O estudo A inserção feminina no mercado de trabalho catarinense 2015 traz alguns indicadores com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Veículo: Diário Caterinense