47% do total são efetuadas por eles
As mulheres, tradicionalmente, são "acusadas" de comprar mais, principalmente por impulso. Contudo, levantamento realizado pela Pagtel, empresa brasileira especializada em pagamentos móveis, evidencia que, pelo menos no ambiente virtual, eles estão comprando quase tanto quanto elas. O estudo realizado neste ano constatou que 53% das compras on-line são feitas por mulheres, enquanto 47% são efetuadas por homens.
A mesma pesquisa elaborada em 2014 apontou que, naquele ano, 57% das transações eram realizadas por elas e 43% por eles. A análise foi feita com base nos 5 milhões de clientes cadastrados pela organização.
Algumas empresas com atuação em Minas Gerais e que comercializam também via internet observam que a comodidade oferecida pela web pode motivar os homens a ir mais às compras. No e-commerce do grupo Super Nosso, o Super Nosso em Casa, 80% dos consumidores são mulheres. Para o gerente de E-commerce e Marketing Digital, Alex Carvalho, o índice é majoritariamente feminino por elas ainda serem as responsáveis por repor itens essenciais dentro de casa, entre eles alguns tipos de alimentos e produtos de higiene e limpeza.
Em contrapartida, ele acredita que os homens tenham maior participação no caso de compras eventuais e supérfluas, como vinhos, cervejas especiais e ingredientes mais específicos. Entretanto, a empresa ainda não consegue mensurar qual percentual corresponde à venda de mercadorias não essenciais. "A maior parte das compras feita em nosso site são de produtos básicos, aqueles que as mulheres estão mais habituadas a adquirir", argumenta Carvalho.
No entanto, a situação se inverte quando o assunto é cerveja. Na loja virtual da cervejaria Krug Bier, onde são vendidos 11 tipos de cervejas especiais, 80% dos clientes cadastrados são do sexo masculino e apenas 20% do gênero feminino. O sócio-proprietário da empresa, Herwig Gangl, pondera que, atualmente, tanto os homens quanto as mulheres apreciam as cervejas. A diferença é que eles costumam degustá-las com mais freqüência, o que os motiva a procurar e pesquisar novas variações na internet recorrentemente.
No site da Loja Elétrica, a maior parte dos clientes, 67%, também é homem. Na visão da analista de e-commerce, Bárbara Van Pupten, o índice reflete uma realidade do próprio setor que, segunda ela, interessa mais o universo masculino. Portanto, pelo menos em um futuro próximo, a tendência é de que a participação feminina não registre crescimento muito expressivo.
De maneira geral, as taxas de expansão do comércio on-line da Loja Elétrica são bastante significativas. Segundo a analista, a variação positiva registrada no ano passado na comparação com 2013 foi de 30%. Em 2015, a meta é avançar 40% frente a 2014. "Para concretizar essa estimativa, vamos investir em uma mudança do site, para que o processo de compra seja ainda mais agradável para o cliente", informa ela.
Veículo: Diário do Comércio - MG