Mesmo com alta de algumas matérias primas do produto, como o trigo e açucar, Sindipan garante estabilidade no valor do quilo, que atualmente varia entre R$ 5 e R$ 7,90 nas padarias da cidade
Com variação de R$ 5 e R$ 7,90 no preço praticado, o correspondente a 58% entre uma panificadora e outra, o preço do quilo do pão francês deve se manter estável neste primeiro trimestre em Manaus.
Pelo menos é o que garantiu o presidente do Sindipan (Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Amazonas), Carlos Alberto Marques de Azevedo, a despeito da expectativa de redução de 50% na produção de trigo da Argentina, maior exportadora do grão para o Brasil.
Azevedo explicou que o preço do fardo de trigo mantido desde dezembro na capital amazonense oscila entre R$ 75 e R$ 82, o que possibilitou a manutenção do preço do `pãozinho'.
Além disso, segundo o dirigente, a estabilidade nos preços da farinha de trigo, do `pão brotinho' e demais massas e biscoitos foi assegurada no início do ano por representantes da cadeia produtiva do setor.
"O cenário atual é de estabilidade, tendendo para a manutenção dos preços até o fim de março, quando teremos uma reunião com outros representantes industriais, em São Paulo, onde traçaremos o cenário de vendas do setor para o próximo trimestre", avaliou.
Atuante no setor, a empresária Núbia Barbosa Lemos disse que, diferente de outros anos, a maioria das empresas locais tem estoque suficiente para suportar aumentos de alguns ingredientes componentes da massa.
A administradora elencou os preços do açúcar (alta superior a 55%) e do óleo vegetal ou gordura hidrogenada (superando os 20%), como alguns dos itens imprescindíveis na fabricação do ` p ã o z i n h o ' , cuja majoração não deve impactar na indústria manauense.
"Até dezembro, o preço do açúcar variava entre R$ 23 e R$ 25. Neste mês, não se encontra fardo abaixo de R$ 42. Ainda assim, vamos manter o preço para atrair mais clientes", concluiu a empresária.
Outro que garantiu a estabilidade nos preços foi o presidente da Associação dos Moinhos de Trigo do Norte e Nordeste, Roberto Schneider, o qual avaliou que mesmo diante da retração na produção de trigo portenho, cuja produção caiu de 16 milhões de toneladas para 9,5 milhões de toneladas de trigo, o mercado regional pode sustentar a demanda pelo `pão nosso de cada dia' sem repasse de preços ao consumidor final.
Veículo: Jornal do Commercio - AM