Encontro em Foz do Iguaçu (PR), em 30 de outubro, reunirá representantes da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), Polícia Federal, Associação dos Juízes Federais do Brasil, Receita Federal, OAB e várias outras entidades para discutir a segurança nas fronteiras brasileiras. O II Seminário Fronteiras do Brasil e o Fórum Segurança nas Fronteiras ocuparão um dia na agenda de vários representantes de entidades e órgãos federais que trabalham no combate à falsificação de produtos, pirataria e contrabando.
Em março deste ano, durante o primeiro seminário, foram revelados números que resultaram de uma pesquisa de três anos realizada pelo Idesf. É fato que cerca de R$ 100 bilhões por ano deixam de entrar nos cofres públicos em função de produtos pirateados e falsificados que chegam ao Brasil. São crimes que prejudicam diretamente as empresas legalmente estabelecidas. Elas perdem faturamento com a concorrência desleal, que não recolhe impostos nem gera empregos formais. Segundo o estudo, apenas na fronteira de Foz do Iguaçu (PR) com o Paraguai, aproximadamente 15 mil pessoas trabalham na informalidade sem qualquer direito ou benefício trabalhista.
Para auxiliar o combate ao contrabando e falsificação de produtos, a GS1 Brasil propõe a toda a cadeia de suprimentos - desde produtores de matéria-prima, indústria, operadores logísticos, distribuidores até o varejo - a implantação de padrões globais de identificação e comunicação para permitir a rastreabilidade. A finalidade é garantir os registros da informação e o caminho que os itens percorrem, da procedência da matéria-prima até os produtos finais, em todas as etapas de fabricação e logística. O consumidor tem a segurança de consumir produtos originais, principalmente quando se trata de sua integridade física como alimentos e medicamentos. "A tecnologia é uma das armas cada vez mais usada nas ações de combate à pirataria e a o contrabando no Brasil", destaca João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil.
A automação e a padronização têm sido uma aliada importante para mudar o cenário do contrabando no Brasil. Parceira do governo federal em diversas ações, a GS1 Brasil colabora na capacitação de servidores públicos para identificação de mercadorias por meio do código de barras. Segundo a gerente de Relações Institucionais da GS1 Brasil, Liliam Santos, "todo esse trabalho é realizado anualmente em vários estados, nas delegacias da Polícia Rodoviária Federal, junto com Idesf, Ministério da Justiça, Polícia Federal, Receita Federal". Há várias discussões agendadas para este ano sobre a importância da implantação da rastreabilidade como recurso de melhoraria e garantiria da segurança do consumidor, processos internos e maior controle na cadeia de produtos.
Com base nos padrões globais sugeridos pela GS1 Brasil, as equipes de combate ao crime recebem treinamento específico dos órgãos públicos para fiscalização de cargas, técnicas de entrevista, reconhecimento de produtos falsificados e ações relacionadas ao fisco e delitos correlatos. Um dos objetivos é auxiliar a consulta dos produtos sob suspeita com o uso de ferramentas de padrão GS1 como o Gepir (Serviço de Verificação Global de Autenticidade de Prefixos), que ajuda a localizar o dono da marca do produto de forma rápida e eficiente.
O Gepir busca, por meio do código de barras, quem é a empresa proprietária do produto, além de dados como o CNPJ, telefone e e-mail. A ferramenta está disponível no site da entidade (www.gs1br.org/gepir) e, para ter acesso, basta cadastrar l ogin e senha. Gepir pode ser utilizado em qualquer dispositivo com acesso a internet e ser consultado 24 horas por dia, sete dias por semana.
Assessoria de Comunicação da GS1 Brasil