De acordo com o presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), Carlos Roberto Melo Diniz, o mercado para o azeite é promissor, já que o Brasil importa a maior parte do volume consumido, que soma 70 mil toneladas anuais.
Porém, segundo ele, ainda existem algumas dúvidas em relação à cultura, que é muito nova no País. Para sanar os questionamentos e mapear a produção, será desenvolvido um estudo pormenorizado sobre a produção brasileira. No levantamento serão avaliados a produtividade das oliveiras por área cultivada, os custos, tratos culturais, viabilidade financeira, entre outros.
"Nossa ideia é fazer um levantamento de forma sistemática nos pomares comerciais. Por ser uma cultura nova, já que os plantios começaram entre 2008 e 2009, não dimensionamos a viabilidade da produção, o que é necessário para o planejamento futuro", ressalta.
Para atestar a qualidade superior do azeite, os representantes da Assoolive estão investindo na certificação. Além da busca pelo selo de Identidade Geográfica (IG), a associação está desenvolvendo uma chancela própria.
A documentação para adesão dos produtores já foi elaborada e será colocada em prática no próximo ano. A certificação vai comprovar, através de testes, a qualidade e os procedimentos utilizados na fabricação, tudo isso para dar segurança ao consumidor de que o azeite é de qualidade.
"A Assoolive tem um programa de certificação de qualidade, que independente da conquista do IG, estabelece critérios rigorosos a serem seguidos pelos produtores interessados. No mercado, a exigência em relação à acidez para qualificar o azeite como extravirgem é de no máximo 0,8% e a Assoolive vai trabalhar com o índice abaixo de 0,5%. Queremos oferecer um produto diferenciado e com garantia de qualidade", garante Diniz.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG