Proximidade com o fim do ano dá fôlego aos negócios.
Da mesma forma como o setor nacional registrou dois meses consecutivos de crescimento nominal, um leve aquecimento nas vendas também foi sentido pelos atacadistas mineiros, que normalmente acompanham a média de crescimento do País. A justificativa para o “respiro”, segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Leonardo Severini, é a proximidade com o fim do ano, período em que tradicionalmente aumentam os níveis de comercialização.
Para se ter uma ideia, a pesquisa mensal da entidade revelou que o faturamento do segmento atacadista distribuidor cresceu, em termos nominais, 2,3% em outubro na comparação com o mesmo mês de 2014. Nessa base de comparação, em setembro, o avanço havia sido de 0,4%.
Ainda segundo dados nominais do estudo, houve crescimento de 6,3% em outubro em relação a setembro e queda de 1,3% no acumulado do ano até outubro em comparação ao mesmo período do ano passado. “A situação das empresas mineiras não é muito diferente do que temos na média do País”, garante Severini.
Os indicadores correspondem às expectativas do setor, que esperava recuperação no último quadrimestre. Em outubro, assim como em setembro, a base de comparação mais fraca permitiu que o faturamento acumulado no ano aos poucos recupere as perdas.
“Trabalhamos com itens de primeira necessidade, por isso somos os últimos a entrar numa crise e os primeiros a saírem dela. Nos últimos meses temos percebido um reposicionamento dos nossos volumes de vendas, mas vale ressaltar que não é um crescimento real. Quando descontamos a inflação, ainda observamos uma ligeira queda”, pondera.
Faturamento - Prova disso é que, segundo os dados da pesquisa, em termos reais, na comparação com outubro de 2014, houve queda de 6,8% e a retração havia sido de 8,2% em setembro. Na comparação com o mês de setembro, o faturamento cresceu 5,5%. No acumulado até outubro, em comparação ao mesmo período do ano passado, a queda atinge 9,2%.
Ainda assim, segundo vice-presidente da Abad, os números não serão suficientes para recuperar as perdas do acumulado do exercício e a previsão é de um aumento nominal de 5% no encerramento de 2015, mas de uma queda real de 2% a 3% no mesmo período. Quanto a 2016, Severini destaca que não é possível prever, mas que as expectativas não são favoráveis.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG