Substituir itens como o peru e vinhos importados pelos nacionais é a saída para driblar a crise no Natal.
Criatividade e planejamento financeiro são os ingredientes para montar uma ceia que não doa no bolso neste Natal da crise. Ao escolher os itens da cesta, a pesquisa de preços e a substituição de produtos são fundamentais para reduzir os custos. É o que ensina o especialista e consultor em Varejo, Marco Quintarelli.
“Muitos produtos estão em média 25% mais caros. A saída é substituir alguns itens de uma cesta tradicional e pesquisar preços antes”, disse Quintarelli, que simulou duas cestas: uma de R$ 250,40 e outra de R$ 164,95, 34,12% mais barata.
Um dos produtos considerados ‘obrigatórios’ na ceia, o Peru ficou 42% mais caro em relação ao ano passado, segundo o consultor. O prato pode ser substituído pelo pernil ou carne suína, que, segundo ele, estão 30% mais baratos. “Em 2014, o preço do Peru variava de R$ 14 a R$ 15, em média. Agora, está entre R$ 18 e R$ 20”.
Para as famílias que não abrem mão do bacalhau na ceia, Quintarelli dá uma dica: “Deixe de comprar outros itens, pois o produto está 30% mais caro”. No Cadeg, um dos mercados mais procurados para a compra do bacalhau, o preço varia de R$ 39,90 a R$ 69,90.
A recomendação é a mesma para as castanhas portuguesas. “Não tem como substituir. Deixe de comprar”. Já os frutos secos, como nozes e avelãs, podem ser trocados por frutas nacionais. Para completar a ceia, Quintarelli lembra do vinho e do espumante. Para garantir os itens, o ideal é investir nos nacionais. “Vinhos chilenos e argentinos também podem sair mais barato”. Sobremesa tradicional, a rabanada ainda pode ser garantida. Já os panetones estão, em média, 12% mais caros. “Neste caso, é melhor comprar os de fabricação caseira”, afirmou Quintarelli.
Veículo: Jornal O Dia - RJ