Venda no atacado cresce, mas avanço fica abaixo da inflação

Leia em 1min 40s

O setor atacadista e distribuidor registrou crescimento nominal de 4,84% no faturamento em novembro de 2015, na comparação anual, segundo a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad). A alta, no entanto, ficou abaixo da inflação, caracterizando queda real de 5% nos ganhos dos varejistas.

A expectativa da entidade é de que os dados completos do ano de 2015, que ainda estão sendo apurados, revelem estagnação nas vendas ante 2014. "Os números indicam que, felizmente, os agentes de distribuição têm sido capazes de reduzir as perdas ao longo do ano, que foi extremamente desafiador para todo o setor produtivo", diz o presidente da entidade, José do Egito Frota Lopes Filho.

De acordo com o executivo, o resultado pode ser comemorado. "Considerando-se que o PIB deve apresentar retração superior a 3,5%, acreditamos que a estabilidade em relação a 2014 será um resultado satisfatório, dentro do atual cenário", completa o executivo.

Na avaliação da Lopes Filho, os dados de novembro mostram alguma recuperação positiva do segmento. As vendas vinham num ritmo de queda mais acelerado até agosto, quando a perda nominal acumulada chegou a ser de 1,88%. Os dados, que foram apurados pela Fundação Instituto de Administração (FIA), apontam ainda que, no período entre janeiro e novembro o setor acumula uma retração de 0,73% no faturamento.

Peso da inflação

Apesar de haver crescimento nominal em novembro, o desempenho ficou abaixo da inflação no período. A Lopes Filho pondera, porém, que no setor os repasses de preços das indústrias ocorrem em períodos pré-determinados ao longo do ano, enquanto os repasses de eventuais aumentos para os preços dos produtos aos clientes não são feitos de forma imediata.

Em termos reais, o mês de novembro registrou retração na casa dos 5% no faturamento ante o mesmo período do ano anterior. No acumulado dos 11 meses de 2015, a queda real é de 8,85% ante os mesmos meses de 2014.

Em relação a 2016, José do Egito acredita que o segmento conseguirá obter resultados melhores. "Neste ano, apesar de o cenário continuar difícil, os resultados dos esforços dos varejistas devem contribuir para os números voltarem ao patamar positivo."

 



Veículo: Jornal DCI


Veja também

Compras pela internet sofrem mudanças na tributação

O ano de 2016 começou com mudanças na cobrança e repartição do Imposto sobre Circula&...

Veja mais
Custos altos pressionam moinhos ainda mais

O inverno de 2015 foi marcado por fortes chuvas e geadas no Sul, que quebraram a safra de trigo. Além de pre&cced...

Veja mais
Vendas no varejo da Alemanha avançam 0,2% em novembro ante outubro

As vendas no varejo da Alemanha tiveram um modesto avanço de 0,2% em novembro ante outubro, considerando-se ajust...

Veja mais
Vendas no varejo da zona do euro caem 0,3% no mês em novembro

As vendas no varejo da zona do euro recuaram 0,3% em novembro ante outubro, segundo dados oficiais divulgados hoje. Anal...

Veja mais
Indústria prepara até 12% de repasses, do pão às bebidas

A tímida trégua do dólar durou pouco. Um dia depois de a moeda norte-americana recuar 1%, chegando ...

Veja mais
União avalia perdas de arrozeiros por enchentes

Produtores de arroz da Fronteira-Oeste e da Depressão Central estiveram reunidos ontem, nos municípios ga&...

Veja mais
Agricultura enfraquecida

                    ...

Veja mais
Atacarejo, pré-pago e milhagem são alternativas para manter as compras

Em meados de 2015, o pior ano para o comércio desde do início do Real, a empresária Luiza Helena Tr...

Veja mais
Produtos Piracanjuba chegam aos Estados Unidos

Por meio de parceria com um distribuidor norte-americano, marca será comercializada, inicialmente, para o p&uacut...

Veja mais