Os preços da indústria caíram 0,28% de outubro para novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O acumulado no ano foi de 9,35%, contra 9,66% em outubro. O acumulado em 12 meses foi de 9,55%, contra 10,89% em outubro. Entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, 12 apresentaram variações positivas de preços, contra 18 do mês anterior.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes.
O índice de preços ao produtor mede as mudanças nos preços de oferta, portanto, é um acompanhamento da variação média dos preços de produção de bens e serviços. O índice levanta setores que estão na base da cadeia (produtores de bens intermediários, por exemplo) e outros no topo (produtores de bens de consumo).
O IPP está restrito às indústrias extrativas e de transformação. No futuro todas as atividades econômicas (setor de serviços, agricultura etc) serão incorporadas no índice, segundo o IBGE.
Atividades e setores
Em novembro, as maiores influências na variação de -0,28% vieram das indústrias extrativas, refino de petróleo e produtos de álcool, alimentos e outros produtos químicos.
Em 12 meses, influenciaram mais alimentos, outros produtos químicos, papel e celulose e outros equipamentos de transporte. As quatro maiores variações de preços ocorreram em outros equipamentos de transporte (34,05%), fumo (32,18%), papel e celulose (26,22%) e alimentos (14,19%).
No acumulado do ano, as maiores influências vieram de alimentos, outros produtos químicos, papel e celulose e outros equipamentos de transporte. As maiores variações vieram de outros equipamentos de transporte (31,13%), fumo (29,52%), papel e celulose (23,56%) e outros produtos químicos (15,03%).
No caso dos alimentos, os dois produtos que tiveram maior influência na comparação mensal - resíduos da extração de soja e açúcar cristal - aparecem também entre as maiores variações. Completam a lista dos quatro produtos de maior influência óleo de soja em bruto, mesmo degomado e óleo de soja refinado, assim como açúcar cristal.
Em relação a outros equipamentos de transporte, a variação negativa de 2% em novembro está ligada à taxa de câmbio. Segundo o IBGE, no acumulado do ano, houve uma variação de preços de 31,1% contra uma variação cambial de 43,2%, e nos últimos 12 meses foi de 34,1% contra uma variação cambial de 48,3%.
Assim, o setor apresentou uma redução de preços em aviões de peso superior a 2.000 kg e motocicletas com mais de 50 cm³ e um aumento na fabricação ou manutenção de embarcações. Para os demais índices analisados (acumulado no ano e acumulado nos últimos 12 meses) todos os produtos tiveram resultados positivos.
Em novembro, os preços de bens de capital caíram 0,22%; os de bens intermediários recuaram 0,76%, os de bens de consumo subiram 0,5%. No caso dos bens de consumo duráveis, a variação foi de -0,15% e na de bens de consumo semiduráveis e não duráveis, houve avanço de 0,71%.
Veículo: Portal G1