No ano passado diminuiu o dinheiro gasto com alimentação no orçamento do brasileiro, que só conseguiu pagar as contas do dia a dia com empréstimos.
Se o que vai no carrinho continua igual, a conta certamente será maior, mas para não estourar o orçamento o brasileiro está fazendo um ajuste de contas que passa também pelos corredores do supermercado. A solucão é comprar menos, escolher marcas mais baratas ou entao um mercado mais em conta.
Um levantamento feito com cerca de 40 mil pessoas mostra que a fatia do orçamento comprometida com supermercado caiu 7%. Se somar bares e restaurantes, a redução é ainda maior: 11,2%.
O brasileiro também está gastando menos até com aluguel e condomínio. Uma das explicações pode ser o calote. As ações de cobrança por falta de pagamento de condomínio subiram quase 12% no ano passado na capital paulista. Muita gente cortou para pagar outras contas. O peso de água, luz, gás, subiu 32,5%. O transporte também avançou bem na renda.
"Então muitas pessoas foram para o negativo. A gente viu que houve um aumento do cheque especial, que geralmente é primeiro sinal que a pessoa não está conseguindo equilibrar as contas. Isso de fato preocupa muito, principamente entrando em 2016, um ano que também provavlemente vai ser difícil", diz Benjamin Gleason, CEO do GuiaBolso.
Foi o que também detectou um outro levantamento. Nos últimos 18 meses o número de pessoas que precisam de dinheiro para compor o orçamento subiu 43%, e 100% para pagar outras dívidas, como cartão de crédito e cheque especial.
"Já é um indicativo de que, naquele movimento de pegar um empréstimo para pagar uma conta mensal, a pessoa já acaba se enrolando e acaba precisando de um emprestimo para pagar o empréstimo", diz Rafael Pereira, diretor da Enova.
Veículo: Portal G1