Safra de cana na região correspondeu a cerca de 10% da produção brasileira no último trimestre de 2015.
Uma elevação dos preços do açúcar no Brasil ampliou os incentivos para que produtores do Nordeste recomprarem o açúcar vendido mais cedo às casas de comércio internacionais para conseguir retornos melhores no mercado doméstico.
A safra de cana do Nordeste, que corresponde a cerca de 10 por cento da produção brasileira, foi colhida no último trimestre de 2015. A safra sofreu períodos de escassez de chuvas de moderados a médios nos principais Estados produtores de Alagoas, Pernambuco e Paraíba em cinco dos oito meses (janeiro a agosto) antes da colheita.
Um gerente de vendas de uma usina em Alagoas disse que ainda está decidindo exatamente a quantidade de açúcar vendida antecipadamente aos operadores internacionais que será recomprada.
No entanto, ele disse que planeja recomprar cerca de 5 por cento das vendas de açúcar negociadas antes de setembro para entrega no primeiro trimestre de 2016.
"Os preços domésticos subiram acentuadamente desde que as usinas fecharam contratos no segundo trimestre de 2015, para entrega no início de 2016. Os retornos estão muito melhores agora do que no mercado externo", disse o gerente.
Segundo um operador europeu do mercado físico de açúcar, alguns produtores haviam vendido muito da oferta do Nordeste encorajados pelo enfraquecimento do real, que impulsionou os retornos do açúcar vendido em dólar.
"Há uma série de recompras por produtores do Nordeste do Brasil", disse ele.
Veículo: Jornal DCI