Varejo online é cada vez mais transfronteiras, afirma Nielsen

Leia em 3min 50s

O ecossistema do varejo online está evoluindo rapidamente. A empresa de análises digitais eMarketer projeta que as vendas no varejo online mais que duplicarão entre 2015 e 2019 e representarão mais de 12% das vendas globais até 2019. E não são apenas os hábitos de compras que estão se digitalizando: toda a experiência de varejo está se transformando. Os compradores de hoje estão incorporando pontos de contato digitais ao longo de todo o caminho de compra, desde a análise dos produtos online em casa ao uso de smartphones como assistentes pessoais de compras na loja. É o que comprova o estudo "Comércio Global Conectado", da Nielsen, recém divulgado.

Uma experiência em todos os canais é a nova realidade do varejo. À medida que aparelhos digitais permitem que os consumidores façam compras onde e como bem entenderem, a “ida” às compras em uma loja física precisa ser repensada.

 “A presença em todos os canais é a nova realidade e os varejistas precisam pensar de modo diferente. Os conceitos tradicionais de ‘idas à loja’, ‘experiência de compra’ e ‘conclusão e entrega da compra’ foram redefinidas", afirma Patrick Dodd, presidente da Vertical Global para Varejistas da Nielsen.

"As marcas vencedoras da atualidade usam uma combinação de estratégias para os meios online e offline não apenas para ajudar os consumidores a tomar decisões mais informadas, mas também para agregar valor ao longo de toda a experiência de compras — onde quer e quando quer que ocorra”.

 Além disso, o e-commerce multinacional, além das fronteiras físicas do país, está mais disseminado. Mais da metade dos entrevistados na pesquisa (57%) declara ter comprado de um varejista online fora de seu país nos últimos seis meses.

"O varejo vinha como um dos últimos redutos resistentes à globalização, porém a tecnologia está dando aos consumidores acesso a um mundo de produtos anteriormente indisponíveis”, diz Dodd.

"Em muitos mercados em desenvolvimento, a crescente classe média está comprando produtos melhores e exigindo maior sortimento que o encontrado nos varejistas nacionais. Por exemplo, alguns destes consumidores estão pesquisando no exterior para comprar marcas estrangeiras autênticas, muitas vezes a preços mais baixos que encontram em seu país de origem", explica o executivo.

O que endereça grandes desafios para os comerciantes. Segundo os organizadores do estudo, aprimorar a experiência do consumidor exigirá um entendimento profundo do mercado local (infraestrutura de entrega, a adoção e uso de tecnologias, os sistemas financeiros e de câmbio e as exigências regulatórias e alfandegárias). Além disto, os varejistas precisarão garantir que os produtos satisfaçam os padrões de qualidade, que os preços sejam definidos de forma razoável, que os sistemas de logística sejam seguros e eficientes e que o serviço pós-venda seja aprimorado, para garantir processos justos de reembolso e/ou troca.

Ao redor do mundo, o uso de cartões de crédito é a forma de pagamento mais comumente utilizada. Mais da metade dos entrevistados com acesso à Internet que declara ter feito compras online durante os últimos seis meses pagou com cartão de crédito (53%). Além disto, aproximadamente quatro em cada 10 utilizaram um sistema de pagamento digital, como PayPal ou Alipay (43%), cartão de débito (39%) ou débito direto da conta bancária (38%). Apesar de estes métodos serem os mais utilizados ao redor do mundo, há diferenças marcantes entre os países.

O estudo entrevistou 13 mil consumidores em 26 países. A busca por ofertas também é outro acionador fundamental. Apesar da melhora das condições econômicas, os compradores ainda estão gastando com cautela. Quase metade dos entrevistados no estudo (49%) verificam sites de lojas para ter certeza de que está fazendo o melhor negócio e esta atividade encabeça a lista dos motivadores para compras online na Argentina (55%), México (52%), África do Sul (51%), Canadá (47%), Itália (42%), EUA (40%), Alemanha (34%) e Austrália (33%); e ocupa a segunda posição na Arábia Saudita (44%) e nos Emirados Árabes Unidos (34%). De fato, quatro dos cinco principais motivadores na Arábia Saudita e três dos cinco principais nos EUA se relacionam a encontrar o melhor preço possível.

Brasil: Os brasileiros são os que mais compram online na região LatAm. No país, 9 a cada 10 pessoas já fizeram compras online alguma vez. E embora embora 70% tenham um smartphone e 47% tenham um tablet, a maioria (86%) ainda utiliza um computador/notebook para fazer compras. Algumas das atividades mais populares realizadas pelos entrevistados relacionadas à compras online: busca de informações sobre um produto, busca por ofertas, promoções e cupons, e, comparação de preços.

 



Veículo: Site IDGNow!


Veja também

Diretor da FAO projeta mais queda nos preços globais de alimentos

                    ...

Veja mais
Varejo luta para incluir nova data no calendário de vendas

Para ultrapassar o mês de março, geralmente período de vendas escassas, as redes varejistas querem t...

Veja mais
Blumenauense deve gastar em média R$ 162,25 nesta Páscoa

                    ...

Veja mais
Cesta básica de Porto Alegre tem queda de 3,66% em fevereiro, indica Dieese

                    ...

Veja mais
Vendas de smartphones no Brasil devem cair 13% em 2016, diz IDC

                    ...

Veja mais
Dieese: custo da cesta básica em fevereiro aumenta em 13 capitais

Em São Paulo, onde o custo da cesta básica é mais elevado (R$ 443,40), o indicador apresentou retra...

Veja mais
Safra mais cara pode afetar consumo

Segundo o superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, pelo fato...

Veja mais
Preços pagos aos produtores de feijão sobem 30%

Os estoques baixos e o clima adverso estão contribuindo para que os preços pagos aos produtores de feij&at...

Veja mais
Demanda por empréstimos recua 2,2%

A quantidade de pessoas que buscaram crédito em fevereiro de 2016 caiu 2,2% em relação ao mês...

Veja mais