A venda de tablets no Brasil caiu em 2015 pela primeira vez desde que os aparelhos começaram a ser comercializados no País, em 2010, de acordo com estudo da IDC Brasil. No ano passado, foram vendidos cerca de 5,8 milhões de unidades, recuo de 38% na comparação com 2014. A perspectiva para 2016 continua de retração, de 29%. Desde 2010, quando os tablets surgiram no Brasil, o mercado apresentou taxas de crescimento na comparação ano a ano, informou a IDC Brasil. Em 2015, no entanto, a queda chegou a 38% frente aos 9,5 milhões de dispositivos comercializados em 2014.
Do total de tablets vendidos em 2015, 5,734 milhões (98,8%) foram modelos convencionais e 111 mil (1,2%), notebooks com telas destacáveis "O tablet deixou de ser novidade e, além disso, diante da instabilidade político-econômica do País durante todo ano passado, com desemprego em alta e confiança do consumidor em baixa, passou a ser objeto de compra secundário", afirmou Pedro Hagge, analista de pesquisas da IDC Brasil.
Segundo ele, empresas estrangeiras começaram a deixar o País por conta das sucessivas altas do dólar e, com isso, houve menor oferta de produtos nas lojas. Outro fato que levou o mercado de tablets a registrar queda foi a competição com os smartphones de tela maior e preços compatíveis. Em 2015, a média de preço dos tablets foi de R$ 448, alta de 2% em comparação com 2014, quando o tíquete médio era de R$ 440.
Para 2016, a IDC prevê redução de 29% do mercado e vendas de aproximadamente 4,1 milhões de tablets. Apesar do cenário desfavorável, Hagge disse acreditar que o mercado de tablets não está no fim. "Vivemos um processo de consolidação no setor e as empresas que oferecem o equipamento, embora estejam em menor número, ainda devem ter resultados positivos", afirmou.
Veículo: Estado de Minas