Preço do feijão aumentou 28,1% neste ano

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Segundo dados da GfK – gigante global de pesquisa que monitora os preços de 35 categorias de produtos nos supermercados de todo o Brasil – o feijão foi o item que mais subiu de preço desde o início do ano.  Entre janeiro e maio de 2016, a alta foi de 28,1% na média nacional, bem acima do IPCA que já acumula 4,05%.

Observando o aumento de valor do feijão no último mês, o produto cresceu num único período 6,94%, sendo que o IPCA do mesmo período ficou em 0,78%, isto é, quase 10x mais num único mês.

A variação entre as regiões pesquisadas foi significativa, com as regiões Norte e Centro-Oeste registrando alta de 10,37% e o Centro-Oeste 10,02%. No Nordeste, a alta chegou a 7,85%, enquanto no Sudeste subiu 3,43%. No Sul o aumento foi menor, de 0,18%.

“Em maio o preço do feijão disparou, e bem acima IPCA. O consumidor chegou a pagar acima de 10% neste item num único mês”, observa o diretor de Retail Audit da GfK, Marco Aurélio Lima.

O preço do feijão vem sofrendo uma pressão desde o final do ano passado, quando já se previa uma quebra de safra para este ano. Na época do plantio de 2015, havia uma falta de água em regiões importantes como Paraná e Minas Gerais, o que fez o produto não se desenvolver bem. Porém, na hora da colheita em 2016, o excesso de chuvas atrapalhou a lavoura, gerando quebras de 20% a 30% nestas regiões.

Porém, o maior problema para o brasileiro é que o feijão é parte integrante da alimentação básica e diária da alimentação. “A carne bovina pode ser substituída por frango, carne suína ou pescados. Já o feijão não tem um substituto à altura: ou diminuímos o consumo, ou compensamos o aumento eliminando outros itens da lista de compras”, assinala o diretor da GfK .

Ainda segundo o executivo, o preço não deve baixar tão rápido quanto deseja o consumidor, pois a escassez manterá os patamares atuais de preço nos meses subsequentes.

A GfK pesquisa mensalmente 320 super/hipermercados de todos o País para o levantamento das informações. São realizadas 2 coletas, divididas na primeira e segunda quinzena de cada mês. (Com informações da GfK)



Veículo: Diário do Comércio - MG


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