Nos últimos dias, preço do quilo do grão disparou
O aumento repentino do preço do feijão carioquinha nos supermercados de Campo Grande tem feito muita gente deixar o grão de fora das compras. Alguns têm mudado o hábito e consumido o feijão preto, mas a preferência é mesmo pelo carioquinha, que quando colocado em promoção, tem venda limitada por mercado da Capital.
Neste domingo, supermercado localizado na Avenida Eduardo Elias Zahran limitou a venda em três pacotes de 1 quilo por cliente. O feijão da marca Tio Nobre custa hoje R$ 6,49, valor bem abaixo dos quase R$ 10 já registrados nos últimos dias.
Para evitar que o alimento desaparecesse das gôndolas, o estabelecimento preferiu limitar a quantidade por compra. Outra opção para quem quiser consumir o grão e pagar menos é o feijão preto, que neste mesmo mercado custa R$ 6,79.
AUMENTO
Em cerca de apenas um mês, o consumidor viu o preço do feijão carioquinha disparar nos supermercados, com alta de até 45% entre o fim de abril e o início de junho. No atacado (valor das distribuidoras do grão para os supermercadistas), o salto foi ainda maior: 88%, no mesmo período.
O motivo é a quebra da safra na maior parte dos estados produtores de feijão e o prognóstico é de contínua alta até, pelo menos, meados de julho.
Em pesquisa por três estabelecimentos da Capital, (um atacado, um atacarejo e um supermercado), na semana passada a reportagem do Correio do Estado encontrou o feijão (carioca, tipo 1) sendo comercializado pelo preço médio de R$ 8,48 o quilo - o menor valor encontrado foi de R$ 7,99 (duas marcas), enquanto o maior preço de venda foi de R$ 8,98 (também para duas marcas), variação de 12,3%.
“Diminui a oferta e aí aumenta o preço. A gente tem que acabar repassando para o consumidor porque para nós aumentou muito o preço de atacado”, explica o diretor da Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas), Luiz Tadeu Gaedicke.
Veículo: Correio do Estado