O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 82,3 pontos em junho, resultado que representa um aumento de 2,1% na comparação com o mês passado, somado ao ajuste sazonal.
Apesar de este ser o maior resultado dos últimos 11 meses, o índice apresentou recuo de 4,8% na comparação anual e mantém-se em patamar abaixo da zona de indiferença (de 100 pontos).
"A confiança dos empresários do comércio tem evoluído positivamente nos últimos meses, evidenciando uma estabilidade. Contudo, no curto prazo, ainda seguem ausentes fatores que indiquem a retomada do desempenho positivo do varejo. A demanda está em nível historicamente baixo em função da deterioração do mercado de trabalho e do encarecimento do crédito", comentou a economista da CNC, Izis Ferreira.
Já o índice que mede as condições correntes alcançou 40,8 pontos no mesmo período, mantendo-se em linha no comparativo mensal (-0,1%) e variação negativa de 15% na comparação com junho de 2015. Em relação a maio passado, a percepção dos varejistas melhorou em torno de 6% em relação à economia e 0,1% no que diz respeito ao desempenho do setor. Na relação com desempenho da própria empresa, a avaliação, no entanto, piorou, com queda de 2,8%. De acordo com o levantamento da CNC, para 93,3% dos varejistas, a economia deteriorou-se neste fim de semestre.
Expectativas
O índice que mede as Expectativas do Empresário do Comércio ficou em 129 pontos, um salto de 4,3% na comparação mensal e de 2,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Todos os indicadores do índice tiveram alta na comparação mensal, com destaque para economia (7,7%) e desempenho do comércio (4,1%). A CNC prevê que as vendas do comércio em 2016 sofram recuo de 4,8% no conceito restrito e de 9,4% no ampliado.
Veículo: DCI