Aumentos foram registrados apenas no ano de 2016.
Universidade indica que há grande alteração de preços no município.
O preço da cesta básica em Sorocaba (SP) subiu pela quarta vez este ano e tem gerado preocupação entre os consumidores. No último mês, o valor, que era de R$ 503,77 em junho de 2015, chegou a R$ 593,72. Na comparação, a diferença é de quase 18%. Mas de acordo com pesquisa de uma universidade da região, há uma maneira de melhorar essa diferença: pesquisar valores antes da compra.
A aposentada Maria Ivanilda de Lima ganha um salário mínimo por mês, que é de R$ 880. Ela precisa se desdobrar para bancar as compras da casa, já que quase 70% do dinheiro dela fica no supermercado. Para complementar a renda, a aposentada trabalha em um salão de beleza. "Assim que preciso de alguma coisa, vou ao supermercado. Olho um, vou no outro. Mas sempre compro de um dia para o outro. Não faço mais aquela compra completa", explica.
Encher o carrinho com compras não é um problema apenas para Maria Ivanilda. "Tem que fazer malabarismo com esses preços", reclama a aposentada Neli Longui. Até a cesta, que é pequena, também custa caro para ser totalmente preenchida. E é preciso pesquisar para que isso aconteça de uma maneira mais econômica. Um mesmo produto de marcas diferentes pode ser encontrado com uma variação grande de preço, de acordo com a pesquisa divulgada pela Universidade de Sorocaba.
Um tipo de macarrão foi encontrado em um supermercado por R$ 2,79 e, em outro, por R$ 2,49, diferença de 12%. Molho de tomate custa R$2,99 em um e R$ 1,29 em outro, valor 132% mais caro. O feijão, o vilão da história, foi encontrado por R$ 13,90 em um local e com o valor de R$ 9,79 em outro, variação de 42%, quando comparados.
No total, produtos básicos sairiam por R$ 45,65 em um supermercado. Com tempo e pesquisa, porém, a mesma quantidade de produtos sai por R$ 35,74 em outro, 28% de diferença. Se a mesma compra fosse feita a cada dez dias, os gastos sairiam até R$ 136, 95 mais caros. Fazendo a pesquisa, o valor cairia para R$ 107,22, economia de quase R$ 30.
"A poupança dá pouco mais de 6% ao ano. Então, em uma atitude rápida, já dá esse investimento que rende 28%, porque as pessoas sempre se preocupam que a aplicação financeira é o ato de ir ao banco poupar dinheiro. Mas isso é uma aplicação financeira", explica o consultor financeiro Hygor Duarte.
Veículo: Portal G1