Feijão e leite elevam projeção do IPC de julho de 0,39% para 0,43%

Leia em 1min 50s

A estimativa de julho para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) foi revisada para cima, diante da resistência dos preços altos de alimentos como feijão e leite. A projeção para o fechamento do mês foi elevada de 0,39% para 0,43%, de acordo com o professor e coordenador do IPC-Fipe, André Chagas.
 
Ainda assim, Chagas pondera que, caso a previsão seja confirmada, o IPC vai passar por um processo forte de desinflação, já que o indicador teve alta de 0,85% na segunda quadrissemana de julho.
 
Para o professor, um dos sinais de que o índice vai passar por uma desaceleração é o fato de a alta desta quadrissemana estar concentrada em dois produtos: feijão e leite. Juntos, eles representaram 0,43 ponto porcentual do 0,85% registrado.
 
"Na teoria econômica, a inflação que preocupa mais é aquela que está disseminada. Este não é o caso. O IPC está concentrado em feijão e leite, puxando para cima o grupo de alimentos e explicando este repique. Quando esses choques se dissiparem, o efeito será sentido rapidamente no IPC", comentou.
 
Chagas avaliou ainda que as medidas de importação de feijão, tomadas pelo governo para tentar conter a alta do produto, devem começar a ter efeito nos preços ao consumidor em até duas semanas. "Devemos ter mais uma quadrissemana de elevação dos preços do feijão, antes de eles começarem a desacelerar. Mas os preços podem não voltar ao nível de antes do choque", observou.
 
Por outro lado, o professor apontou que a quase estabilidade na variação de preços do etanol (1,23% na primeira quadrissemana do mês e 1,24% na segunda) é uma notícia positiva, pois os preços desse combustível estavam sinalizando uma trajetória de altas mais acentuadas algumas semanas atrás. "Na comparação com a segunda semana de junho, o etanol está com queda de 1,4%. Isso é bom porque reflete na baixa da relação com a gasolina", afirmou.
 
Na segunda semana de julho, a relação etanol/gasolina foi de 64,97%, a terceira queda consecutiva. Números abaixo de 70% mostram que o combustível feito a partir da cana-de-açúcar é mais atraente ao consumidor que o derivado de petróleo.


Veículo: Site Jornal do Comércio de Porto Alegre


Veja também

Lucro da J&J cai 11,5% no 2º trimestre

- A Johnson & Johnson registrou lucro líquido de US$ 4 bilhões no segundo trimestre, queda de 11,5% em...

Veja mais
Brasil só cria vagas formais de até 1 salário mínimo, mostra Caged

Em 2016, até maio, foram geradas 96,5 mil vagas de até 1 salário mínimo.Nas demais faixas, h...

Veja mais
Governo enviará até fim do ano proposta de reforma trabalhista, diz ministro

Brasília, 20 - O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse nesta quarta-feira, 20, que o governo do president...

Veja mais
Feira fica 45% mais cara na Capital com clima instável

Consumidor sente no bolso aumentos semanais de preços A conjugação de alta do dólar e aumen...

Veja mais
Ovos: Cotações do branco se estabilizam, mas as do vermelho, caem

O mercado de ovos brancos segue estável, com a oferta bem ajustada à demanda. Segundo colaboradores do Cep...

Veja mais
Arroz: Maior oferta e recuo comprador diminuem ritmo de alta

O ritmo de alta dos preços da saca de arroz em casca no Rio Grande do Sul perdeu força nesta segunda quinz...

Veja mais
Dia dos Pais: intenção de presentear aumenta e data deve movimentar R$ 5,6 bi

Entre os filhos que pretendem dar presentes para os pais, quase metade declarou que comprará roupas  RIO - ...

Veja mais
Inflação de alimentos deve manter a taxa Selic

Embora a inflação oficial do País tenha voltado a perder força no mês passado, atingin...

Veja mais
Jabuticaba e tomate estão mais em conta, diz Ceagesp

Outros preços em baixa são mandioca, laranja, mamão e cebola.Melancia, uva niágara, morango ...

Veja mais