Com garantia de oferta, tendência é de queda nos preços do milho no mercado interno

Leia em 2min

Brasil deve chegar em 31 de janeiro de 2017 com estoque de passagem de 4,47 milhões de toneladas do grão

 
Quem optar por manter os estoques de milho projetando ganhos no mercado poderá ver sua estratégia frustrada. A avaliação é da área técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que calcula um estoque de passagem do cereal de 4,47 milhões de toneladas em 31 de janeiro de 2017. Como há produto para ofertar, a tendência é que os preços venham a cair.
 
De acordo com o quadro de oferta e demanda da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção da temporada 2015/2016 é de 69,14 milhões de toneladas. As exportações devem chegar a 22 milhões de toneladas, o consumo interno a 54,67 milhões de toneladas e as importações, 1,5 milhão de toneladas. Ou seja, um estoque de passagem de 4,47 milhões de toneladas.
 
As perspectivas para o segundo semestre deste ano reforçam a avaliação dos técnicos do Mapa. Eles apontam seis fatores que deverão resultar no recuo das cotações de milho no mercado interno:

1. As importações brasileiras, sobretudo do Mercosul, deverão aumentar, principalmente para a regiões Sul e Nordeste. De janeiro a junho deste ano, foram importadas 542,5 mil toneladas, contra 173,3 mil toneladas em igual período do ano passado.

2. A redução de oferta na primeira safra e a expectativa de queda na segunda exerceu uma pressão de alta na formação dos preços, provocando uma retenção de venda pelos produtores.

3. Além disso, o crescimento 180% nas exportações de janeiro a abril de 2016 (12,24 milhões de toneladas), em relação ao mesmo período do ano passado (4,3 milhões de toneladas), reforçou a pressão já existente.

4. O comportamento atual de preços, superiores à paridade de exportação, induz operações de recompras de contratos de vendas externas pelas tradings para direcionar ao mercado interno, aumentando a oferta.

5. Ao mesmo tempo, as exportações de milho nos meses de maio, junho e julho têm sido muito inferiores aos volumes do mesmo período do ano passado. Até agora, foram exportadas apenas 250 mil toneladas de milho, sendo que em julho de 2015 foram embarcadas 1,28 milhão de toneladas.

6. A paridade de importação de milho da Argentina e Paraguai tem sido viabilizada para as regiões Sul e Nordeste. Hoje, o milho argentino chega aos portos brasileiros em torno de R$ 44 no Sul e R$ 52 na Região Nordeste (a saca de 60 quilos).
 
Fonte: Ministério da Agricultura


Veja também

Suggar prevê faturamento até 20% maior

Com crescimento nas vendas em julho, empresa já projeta desempenho melhor no segundo semestre  Apesar da qu...

Veja mais
Lucro do Magazine Luiza no 2º trimestre cresce mais de 200%

Companhia reportou resultado positivo de R$ 10,4 milhões nos três meses encerrados em junho ante R$ 3 milh&...

Veja mais
Leite subiu 12,37% em MG e deve seguir em alta

Os custos de produção elevados e o período de seca estão impactando na oferta de leite em Mi...

Veja mais
Setor de brinquedos ainda terá dois semestres de dificuldades

Planejamento. Fabricantes investem em produtos para adolescentes e adultos e nacionalização da cadeia para...

Veja mais
Maior participação do setor privado em concessões reduz desemprego

Economista espera avanço dos aportes privados na economia caso Michel Temer seja efetivado na Presidência. ...

Veja mais
Calor de julho aumenta em mais de 100% vendas de ventoinhas

Cadeias de eletrodomésticos garantem que as vendas duplicaram em comparação com ano passado A vend...

Veja mais
Preço nas alturas: feijão, arroz e leite ficam até 170,4% mais caros em Campo Grande

Altas assustam consumidor, mas ainda não derrubaram vendas dos itens A cesta básica do campo-grandense fi...

Veja mais
Índice de commodities do BC cai 5,71% em julho ante junho

O Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) cedeu 5,71% em julho ante junho, informou a instituiç&ati...

Veja mais
Jogos Olímpicos são oportunidade para promoção de produtos agrícolas brasileiros

Evento internacional é vitrine para mostrar produtos agrícolas nacionais aos turistas, como amendoim, caf&...

Veja mais