Depois de aumentar em torno de 20% em junho, o preço do leite começa a sofrer uma redução devido à melhoria do clima que favorece a produção no sul do País, responsável por boa parte da distribuição do produto para outras regiões brasileiras, como no Estado de São Paulo, incluindo a região de Sorocaba. Ontem, consumidores aproveitaram o dia para comprar caixas de leite por preços 25%, em média, mais baratos.
Em julho, o litro de leite em embalagem longa vida custava R$ 4,89 e com a redução o preço foi para R$ 3,70. Contudo, em alguns supermercados da cidade o consumidor encontrou o produto mais em conta, por R$ 2,59, por causa de promoções. Segundo alguns gerentes, a tendência é de redução ao longo das próximas semanas.
Para o economista e professor universitário Adilson Rocha, a queda no preço do leite significa que está voltando ao preço normal, pois nos meses anteriores ficou mais caro. E quando isso acontece, segundo ele, a cadeia produtiva começa a ter um problema de demanda, de modo que com o clima se tornando mais favorável, os produtores começam a reduzir o preço.
"O produtor, por exemplo, não precisa mais matar o gado para vender a carne e pagar as contas, e pode voltar a produzir o leite", destaca. Em Goiás, de acordo com Rocha, essa redução ainda não começou por causa do tempo, porém deverá seguir em breve o mesmo caminho dos produtores da região Sul.
O gerente do supermercado Paulistão, do bairro Árvore Grande, Paulo Sérgio Queiroz, disse que a tendência é de redução nas próximas semanas. O leite no estabelecimento ficou mais barato, na faixa de R$ 3,70 a R$ 2,98. O valor mais baixo refere-se ao preço de uma marca que está em promoção no supermercado. No supermercado Dia, o litro do leite estava em R$ 3,59 ontem, enquanto no Santo Supermercado, o consumidor pagava R$ 3,49; e no Correia, R$ 2,89.
Mais barato
"Tem de aproveitar as promoções agora, pois lá em casa temos muitos bezerros", brinca o motorista Luiz Carlos Ferreira de Campos, que ontem esteve no supermercado Paulistão para fazer compras da semana, colocando no carrinho pelo menos dois pacotes com 12 litros cada um. "A gente compra mais. Às vezes temos de levar três caixas, pois duas não é suficiente", diz ele. Campos e a esposa Maria da Aparecida Lourenço viajam toda semana de Alumínio para Sorocaba, onde, além de fazerem outras tarefas, fazem a compra semanal. "Aqui, é mais barato que em Alumínio, por isso vale a pena", diz Maria da Aparecida.
O frentista Nedilson Bera também aproveitava para comprar os quatro litros de leite da semana para ele e uma filha. Antes, tanto o frentista quanto o casal tiveram de reduzir a compra da quantidade de leite devido aos preços elevados.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul