As exportações de produtos eletroeletrônicos totalizaram US$ 482,7 milhões em agosto, alta de 1,3% em relação ao resultado registrado no mesmo mês de 2015, quando as vendas no mercado externo somaram US$ 476,4 milhões, segundo dados divulgados ontem pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Na comparação com julho deste ano, o crescimento foi de 11,8%.
A entidade também informa que as importações de bens do setor eletroeletrônico no mês passado chegaram a US$ 2,391 bilhões, alta de 0,1% em um ano (US$ 2,388 bilhões) e avanço de 16,7% ante julho.
No acumulado de 2016, as vendas de produtos elétricos e eletrônicos no exterior somam US$ 3,76 bilhões, 2,2% abaixo dos US$ 3,84 bilhões registrados no mesmo período de 2015.
De acordo com a entidade, as exportações de componentes elétricos e eletrônicos somaram US$ 1,63 bilhão no acumulado de janeiro-agosto deste ano, 11,6% abaixo do igual período do ano passado. Dentre eles destacaram-se os principais produtos exportados do setor: componentes para equipamentos industriais (+1%), eletrônica embarcada (-13%) e motocompressores herméticos (-4%).
Também recuaram as vendas externas de bens de telecomunicações (-11,6%), utilidades domésticas (-11,1%) e de material elétrico de instalação (-13,0%).
Por outro lado, observou-se crescimento de 48,7% nas exportações de bens de informática, que somaram US$ 239,4 milhões, impulsionados pelas vendas externas de impressoras (+137,5%) e de máquinas de processamento de dados (+69,4%), cujos montantes somaram US$ 58 milhões e US$ 61 milhões, respectivamente.
Em equipamentos industriais (+11,5%), destacaram-se as exportações de aparelhos para filtrar ou depurar gases (+1086%), que somaram US$ 173 milhões, e de aparelhos e dispositivos para tratamento de materiais por meio de operações que implicam mudança de temperatura (+187%), cujas exportações atingiram US$ 98 milhões. Ambos desempenhos ocorreram em função de vendas pontuais para a China, realizadas, respectivamente, no mês de março e janeiro de 2016.
Desembarques - As importações verificadas entre janeiro e agosto também recuaram, passando de US$ 22,8 bilhões no ano passado para US$ 16,6 bilhões em 2016, uma queda de 27,4%.
Com exceção do segmento GTD (geração, transmissão e distribuição, com alta de 7%, as demais áreas apresentaram queda nas importações com taxas que variaram de -18,2% a -42,4%.
O incremento das importações de bens de GTD contou com o acréscimo de 121,1% nas compras externas de painéis e quadros, que passaram de US$ 59 milhões para US$ 131 milhões, no período citado.
A maior taxa de retração foi das importações de utilidades domésticas (-42,4%), com queda nas compras externas de todos os seus segmentos: linha branca (-44,4%), portáteis (-46,8%) e imagem e som (-41,5%).
Os componentes elétricos e eletrônicos foram responsáveis por 55% do total importado de bens do setor, alcançando US$ 9,1 bilhões. Este montante foi 31,3% inferior ao registrado em janeiro-agosto de 2015.
Dentre seus itens, destacaram os produtos mais importados do setor, como os componentes para telecomunicações (-40%), semicondutores (-17%), componentes para informática (-42%) e eletrônica embarcada (-14%).
Balança - Com o resultado de agosto, o déficit na balança comercial de eletroeletrônicos neste ano alcançou US$ 12,83 bilhões, valor 32% menor que o registrado nos oito primeiros meses de 2015, quando o déficit era de US$ 18,99 bilhões. Segundo aAbinee, o desempenho segue refletindo o baixo ritmo de atividade do setor.
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas