Só 51,8% vão presentear no Dia das Crianças em BH

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Fecomércio aponta que 55% dos consumidores da Capital compraram em 2015

 
O apelo emocional é forte, mas, ainda assim, o número de belo-horizontinos que vai presentear os pequenos no Dia das Crianças neste ano será menor. A Pesquisa Intenção de Consumo, feita pela área de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), aponta que, em 2016, 51,8% dos consumidores da Capital deverão comprar um presente na data. No ano passado, esse percentual era de 55%.
 
Na avaliação do economista da Fecomércio-MG Guilherme Almeida, o indicador de expectativa de consumo para este ano preocupa não só pela queda que representa, mas pela comparação com 2015. Segundo Almeida, há um ano, as perspectivas dos belo-horizontinos para o 12 de outubro já denotavam retração, sendo motivadas, principalmente, pelo quadro de alta inflação e de elevado índice de desemprego no País.
 
“O percentual dos que pretendem presentar no Dia das Crianças permanece próximo ao do ano passado, mas com queda. O que é importante ressaltar, porém, é que viemos de uma base de comparação fraca, na qual tínhamos um cenário de inflação elevada e deterioração do desemprego, o que impactou as vendas no ano passado. E esse percentual de quase 52% em 2016 é ainda menor do que o observado em 2015”, analisa o economista.
 
E sem mudanças significativas na economia de lá para cá, o consumidor de Belo Horizonte tende a trocar os presentes caros pelas famosas lembrancinhas. Como indica a pesquisa, 47,2% dos entrevistados propensos às compras vão gastar menos com a data em comparação com o ano passado. Ainda segundo 54,8%, o mimo às crianças não ultrapassará os R$ 50. Em 2015, 49,5% da população estimava essa faixa de preço.
 
Brinquedos (48,3%), roupas (34,8%) e calçados (9,2%) lideram a lista de preferências dos belo-horizontinos para o 12 de Outubro. E, de acordo com os consumidores, os principais atrativos para levá-los para dentro das lojas serão ações promocionais (63,3%), preço reduzidos (33,3%) e variedade de itens (21,3%). Por outro lado, altos preços (76,8%), atendimento precário (22,7%) e mix de produtos pouco diversificado (19,8%) poderão se tornar empecilho para as compras.
 
“Em época como esta em que estamos, as ações promocionais têm sempre o poder de atrair o consumidor - que já está com o orçamento apertado – e, principalmente, agora, porque, com a proximidade do Natal, muitas pessoas tendem a priorizar a data do fim do ano em detrimento do Dia das Crianças”, explica Almeida.
 
As compras, no entanto, como costuma fazer o brasileiro, devem ficar para a última hora. Mais da metade dos entrevistados que vão presentear (52,4%) disseram que irão atrás da mercadoria na semana do Dia das Crianças, contra 42,7% que o farão com antecedência. O restante (4,9%) vai aguardar a passagem da data, à espera de mais promoções. As lojas de shopping centers (47,4%), seguidas dos estabelecimentos do hipercentro (30,7%), serão os locais mais procurados. A forma de pagamento mais citada foi “à vista, no dinheiro” (37,7%).
 
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas


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