Contratações em caráter temporário podem garantir a efetividade no posto de trabalho de acordo com o desempenho dos profissionais
Com a proximidade do final do ano, lojas do comércio varejistas começam a contratar mão de obra temporária para atender o crescimento da demanda. A previsão é que sejam abertas pelo menos 2.500 vagas, mesmo número registrado no ano passado. O volume de contratações não será maior porque a recente greve dos bancários e a greve na Receita Federal podem atrapalhar as vendas de final de ano e consequentemente as contratações, de acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes de Lojistas de Manaus (CDL), Ralph Assayag.
Ele afirma que a greve dos bancários surpreendeu o setor, uma vez que ultrapassou os 30 dias, o que impossibilitou um faturamento melhor no Da das Crianças. A preocupação, agora, é com a greve dos auditores fiscais. “Um estrago maior do que a greve dos bancários será a da Receita Federal. Novembro e dezembro vêm muita carga para Manaus, porque tem o Natal. Se fosse no mês de junho ou julho seria um impacto menor. 30% (dos auditores fiscais da Receita Federal trabalhando) vai ser um desastre”, assegurou.
Em anos anteriores o dado de quantitativo dos empregos temporários chegava a seis mil. O trabalho da CDL, segundo Assayag, foi manter o nível de empregos, cessando as demissões com o objetivo de trazer otimismo. “A busca da contratação é a bandeira “número um” da CDL. Nós precisamos pedir que todos contratem alguém. Temos em torno de 36 mil lojas, se 10 mil contratassem uma única pessoa, já seriam 10 mil pessoas contratadas”, explicou.
A abertura de um shopping no centro da cidade proporcionou saldo positivo no Cadastro Geral de empregados e desempregados (CAGED) com a contratação de 900 pessoas. “Isso já deu um fôlego, porque nós temos que mostrar que paramos as demissões”, afirmou Assayag.
Comércio
Ainda são tímidas as oportunidades de emprego oferecidas nas lojas do centro de Manaus. Uma loja de sapatos, localizada na Avenida Sete de Setembro – Centro, está recrutando Office Boy e Repositora. O gerente, Franque Costa, conta que o número de candidatos para as vagas este ano é maior que 2015. “Estamos dando oportunidade para as pessoas, é totalmente temporário e vai depender de cada um se tornar um funcionário efetivo”, ressaltou.
O gerente da sapataria relatou que aproximadamente são contratadas 30 pessoas dentre as mais variadas funções nas lojas. Aos que ingressam na empresa como office boy e repositora, tem a chance de subir de cargo. “Nós somos a única empresa que não pede experiência dos funcionários. Ele vai aprender uma profissão dentro da empresa, ou seja, vai ganhar um salário para aprender uma nova profissão”, contou Costa.
Estatísticas
O Cadastro Geral de empregados e desempregados (CAGED) tem o objetivo de acompanhar e fiscalizar o processo de demissões e admissões em todo o Brasil pelos trabalhadores que são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Além de estabelecer medidas contra o desemprego por meio dos dados em nível geográfico, setorial e ocupacional, viabiliza o pagamento do seguro-desemprego desde 1986. O cadastro foi instituído pela Lei nº 4.923, em 23 de dezembro de 1965 e atualmente, atende a reciclagem profissional e a recolocação do trabalhador no mercado laboral. O CAGED faz parte do Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho (PDET).
Fonte: A Crítica