Percentual atingiu 2,19% no mês passado, conforme levantamento feito pelo Serasa Experian
O percentual de cheques devolvidos por falta de fundos do total de emissões atingiu 2,19% em setembro, segundo maior nível para o nono mês do ano da série histórica iniciada em 1991, informou ontem o Serasa Experian. Em agosto, o nível estava em 2,18%. Já em setembro do ano passado, o índice de devoluções sobre emissões havia ficado em 2,21%.
Em setembro, em números absolutos, foram compensados 48.023.107 cheques e 1.050.504 foram devolvidos pela segunda vez por insuficiência de fundos. No acumulado do ano, o percentual também bateu recorde na série histórica, com 2,34% de cheques devolvidos por falta de fundos, contra 2,21% no mesmo período de 2015.
Na divisão por regiões, o Nordeste ficou na liderança das devoluções de cheques (4,57%), seguido da Norte (4,42%), Centro-Oeste (3,08%), Sul (2,03%). Entre os estados, o mais inadimplente foi o Amapá (17,02%) e o menor porcentual ficou com São Paulo (1,78%).
Sudeste - Na Região Sudeste, a devolução de cheques em setembro foi de 1,80% do total de cheques compensados, maior que a devolução de 1,79% registrada em agosto. Em setembro do ano passado, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos na região havia sido de 1,74% do total de cheques compensados.
No Espírito Santo, a devolução de cheques atingiu 2,34% do total de cheques compensados, maior que a devolução de 2,32% registrada no mês imediatamente anterior. Em setembro de 2015, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos no estado havia sido de 2,31% do total de cheques compensados.
De acordo com a Serasa, em Minas Gerais, a devolução de cheques no mês passado atingiu 1,94% do total de cheques compensados, índice idêntico ao registrado em agosto. No mesmo período do exercício passado, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos somou 2%.
No Rio de Janeiro, a devolução de cheques em setembro atingiu 1,88% do total de cheques compensados, menor que a devolução registrada no mês anterior (2,01%). Em setembro do ano passado, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos no Rio de Janeiro havia sido de 1,79% do total de cheques compensados.
Em São Paulo, a devolução de cheques alcançou 1,69% do total de cheques compensados em setembro, ante 1,66% em agosto. Em setembro do ano passado, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos em São Paulo somou 1,60% do total.
O patamar elevado de inadimplência, segundo afirmam os economistas da Serasa Experian em nota, se deve aos “impactos do desemprego e da inflação sobre o poder de compra”.
Acumulado – Conforme divulgado recentemente pela Boa Vista SCPC, o número de cheques sem fundos - devolvidos por falta de recursos em conta corrente - em relação ao total de cheques movimentados atingiu 2,28% de janeiro a setembro, de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC. É o pior resultado nesse tipo de comparação desde o início da série histórica, em 2006.
Ainda assim, o número de cheques sem fundo recuou 8,5% em relação a setembro de 2015. Os cheques devolvidos de consumidores diminuíram 9,7% no período, enquanto os de empresas tiveram um recuo de 5,6%. Mas o total de cheques também caiu: 13,6%.
Fonte: Jornal Diáro do Comércio de Minas