O novo Banco de Desenvolvimento dos Brics e o BNDES fecharam na quarta-feira (26) o primeiro contrato para o financiamento de projetos no Brasil, no valor de US$ 300 milhões, anunciou o banco brasileiro.
O empréstimo do NDB (sigla em inglês para New Development Bank), com contrapartida local de 300 milhões de dólares, será destinado ao desenvolvimento de projetos no setor de energias renováveis, disse o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em comunicado.
O empréstimo tem prazo de 12 anos, com um período de carência de três anos e meio, e taxa de juros baseada na Libor, taxa interbancária de Londres. "Estima-se que o empréstimo viabilizará investimentos que adicionarão em torno de 600 MW à capacidade de geração brasileira", disse o BNDES.
"O Brasil possui uma matriz elétrica renovável, onde mais de 60% da geração é hidrelétrica. Entretanto, ainda que a hidroeletricidade seja um recurso renovável, o sistema tende a ficar cada vez mais exposto aos efeitos da mudança climática e de períodos de seca. Nesse contexto, a nova parceria, como outras já firmadas com organismos internacionais, busca fomentar as energias alternativas com o apoio à diversificação da matriz elétrica, e a incrementar a segurança do sistema elétrico no futuro, o que permitirá garantir o fornecimento elétrico para todos os setores da economia", afirmou o BNDES.
O Novo Banco de Desenvolvimento, criado em 2014, é um banco de desenvolvimento multilateral operado pelos países do Brics: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Além da operação do BNDES, o banco já anunciou duas operações com a China, no valor de US$ 379 milhõe, outras duas com a Índia, de US$ 600 milhões, uma operação com a Rússia, de US$ 200 milhões, e uma operação com a África do Sul, no valor de US$ 180 milhões.
"O fundamental dessa cerimônia é que ela de fato permite que o banco comece a operar no Brasil", disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, após a assinatura do contrato. Segundo o ministro, o NDB pretende desembolsar este ano US$ 3 bilhões.
Fonte: Reuters