São Paulo - O Brasil é um dos países em que a produtividade agropecuária mais cresce, revelam estudos publicados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. De 2006 a 2010, o rendimento da agropecuária no País registrou avanço de 4,28% ao ano.
Depois do Brasil, a China aparece com um ganho de rendimento de 3,25% ao ano, de acordo com a publicação. No período, o Chile conseguiu ampliar em 3,08% a eficiência, seguido pelo Japão com uma alta de 2,86% na produtividade e a Argentina com 2,7%.
O ganho no setor agrícola nos Estados Unidos no período analisado foi de 1,93%, atrás da Indonésia, que teve alta de 2,62%. No entanto, o país norte-americano ainda ficou a frente do México, cujo ganho de rentabilidade na agropecuária foi de 1,46%.
Para o levantamento, os pesquisadores norte-americanos usaram o indicador expresso em Produtividade Total dos Fatores (PTF), que considera todos os produtos das lavouras e da pecuária e os relaciona com os insumos usados na produção do setor em cada país.
O estudo foi publicado na foi publicado na revista científica EuroChoices agri-food and rural resource issue e divulgados na sexta-feira (12) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Para o coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola da pasta, José Garcia Gasques, os dados mostram que a agricultura brasileira tem crescido principalmente com base na produtividade. "No Brasil, essa variável é responsável por cerca de 90% do crescimento da produção, enquanto 10% se devem aos insumos", disse ele.
Competitividade
Segundo José Garcia Gasques, por causa do aumento da produtividade, o Brasil deixou de ser país importador de alimentos e se transformou em um expressivo exportador de um volume diversificado de produtos agropecuários.
Entre 1975 e 2015, a taxa média de crescimento da produtividade agropecuária no Brasil foi de 3,58% ao ano. Na década de 2000, essa média foi de 4,08% ao ano.
"Ao longo dos últimos 50 anos, o crescimento da produtividade permitiu ofertas mais abundantes de alimentos a preços mais baratos", assinalou o representante do Ministério.
"No Brasil, isso pode ser verificado pela redução dos preços reais de grãos relevantes na alimentação humana, como, por exemplo arroz, milho, soja e trigo", acrescentou.
Fonte: DCI São Paulo