A produção da indústria brasileira cresceu 0,8% em maio frente a abril (com ajuste sazonal), o melhor resultado para o mês na comparação mensal desde 2011, quando o setor avançou 2,7%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a segunda alta seguida.
Em relação a maio do ano anterior (sem ajuste sazonal), a indústria expandiu 4,0% em maio de 2017, o maior avanço desde fevereiro de 2014, quando a indústria cresceu 4,8%. Para os meses de maio, foi a maior alta para maio desde 2010, quando avançou 14,3% na comparação com maio de 2009.
De janeiro a maio de 2017, o setor industrial acumulou alta de 0,5%, de acordo com o IBGE. Nos últimos 12 meses, houve recuo de 2,4% até maio de 2017, seguindo com a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016 (-9,7%).
O IBGE revisou os dados da produção industrial de abril. A indústria geral cresceu 1,1%, ao contrário do crescimento de 0,6% divulgado anteriormente. Para bens de capital, o crescimento foi de 1,9%, e não de 1,5%. E para bens de consumo durável o avanço na produção foi de 2,9% e não de 1,9%.
O crescimento de 0,8% da atividade industrial de abril para maio teve predomínio de resultados positivos, destacou o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo. “As quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 24 ramos pesquisados tiveram resultados positivos. Esse é um perfil mais disseminado de crescimento desde julho de 2014”, destacou, referind-se aos avanços disseminados em todas as categorias.
Entenda
Bens de capital
São aqueles usados na produção de outros bens, como máquinas, equipamentos, materiais de construção, instalações industriais.
Bens intermediários
São os comprados de outra empresa para o processo de produção, como uma bobina de aço adquirida de uma siderúrgica para a fabricação de um automóvel.
Bens de consumo duráveis
São aqueles que podem ser utilizados durante longos períodos, como automóveis e geladeira.
Bens de consumo semi-duráveis e não duráveis
Os semi-duráveis podem ser considerados os calçados e as roupas, que vão se desgastando aos poucos. Já os não duráveis são aqueles feitos para serem consumidos imediatamente, como os alimentos.
Fonte: G1