São Paulo - Em abril de 2017 as vendas reais calculadas pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) registraram um crescimento de 3,2% sobre mesmo mês do ano passado. O resultado se deu antes da delação de Joesley Batista, que aprofundou a crise política no País.
O faturamento real atingiu R$ 48,0 bilhões no mês, R$ 1.487,3 milhões acima do valor apurado em abril de 2016.
Com esse resultado, a variação acumulada nas vendas varejistas no ano foi de 2,7%, faturamento R$ 5,1 bilhões superior ao obtido um ano antes. "É importante atentar que os dados relativos a abril foram obtidos antes da eclosão da crise política atual, ou seja, em ambiente econômico de maior tranquilidade", antecipou ao DCI a FecomércioSP, responsável pelo dado.
De acordo com a Federação, o dado de abril aponta a continuidade da trajetória de recuperação do movimento varejista, ainda que moderada, que se refletiu no índice acumulado nos primeiros quatro meses deste ano, de 2,7%, a 5ª alta consecutiva nessa base.
Por setor
Das nove atividades pesquisadas, cinco mostraram aumento em seu faturamento real em abril, sendo elas: Supermercados (10,1%), Lojas de vestuário, tecidos e calçados (10,0%), Eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (6,0%), Lojas de móveis e decoração (4,3%) e Farmácias e perfumarias (2,6%). Essas altas contribuíram para o resultado geral com 4,9 pontos percentuais.
Já as retrações foram apresentadas pelos grupos: Materiais de construção (-5,8%), Outras atividades (-5,4%), Autopeças e acessórios (-1,4%) e Concessionárias de veículos (-1,3%), resultando numa pressão negativa de 1,7 ponto percentual no período.
Os resultados positivos de abril, em termos inter-regionais, foram disseminados em 14 das 16 regiões do estado. As exceções foram registradas em Osasco, que mostrou queda de vendas de 3,4% e em Guarulhos (-0,6%). Em cinco regiões o índice de aumento de faturamento foi superior ao da média do estado. "Estavam presentes em abril circunstâncias mais propícias, tanto econômicas quanto políticas, e o varejo respondeu positivamente a esse cenário, caracterizado pelas quedas dos juros e da inflação, melhoria na renda agrícola e das exportações, resultados mais alentadores no âmbito no emprego, ao lado da injeção dos recursos de FGTS", informava o estudo.
Fonte: DCI São Paulo