Uberlândia (MG) - O mercado brasileiro de sementes para hortaliças deve crescer 12% em 2017 sobre o ano passado, estima o gerente nacional de vendas Brasil da Bayer, Paulo Cláudio Tomaseto Jr. Em 2016, o setor movimentou R$ 800 milhões.
"Acreditamos muito nesse mercado", afirma ele, nesta terça-feira (1º) ao DCI, após inauguração de uma estação pesquisa para melhoramento genético de hortaliça, em Uberlândia (MG). A unidade tem como foco seis culturas no Brasil e América Latina: tomate, cebola, melancia, cenoura, melão e folhosas. Juntas elas respondem por 60% do mercado de hortaliças brasileiro. "É um mercado que, se compararmos ao de grandes commodities ainda tem muito para se desenvolver", avalia.
Isso se reflete não apenas nas possibilidades de aumento do consumo de hortaliças no País, que é de 27, 8 quilos por habitante ao ano, sem contar alho e batata, mas também no espaço que existe para inovação em variedades. "Grande parte do nosso foco em melhoramento para hortaliças é a resistência a doenças e pragas no clima tropical", explica o diretor de pesquisa de Sementes de Hortaliças e Vegetais da Bayer, Ailton Ribeiro.
Outro exemplo é a mecanização. Hoje, 85% da produção vem da agricultura familiar e com predominante mão-de-obra manual. "É preciso criar variedades adaptadas ao clima tropical e que permitam a mecanização", destaca Ribeiro. A partir da unidade de Uberlândia a empresa deve lançar novas variedades de cebola e melancia nos próximos quatro anos e de cenoura em oito anos.
Mercado mundial
"Para o segmento de hortaliças e vegetais da Bayer, o Brasil é muito importante. Ainda somos pequenos no País, mas o potencial de crescimento é muito grande", diz o diretor global da Unidade de Sementes de Hortaliças e Vegetais da Bayer, Joachim Schneider.
Na área de sementes de hortaliças a Bayer faturou 428 milhões de euros em 2016, sendo que a América Latina respondeu por 12,3%. No ano passado, as vendas globais da companhia somaram 46,3 bilhões de euros, enquanto o mercado mundial de sementes para hortaliças movimenta anualmente, em média, 3,4 bilhões de euros.
Fonte: DCI São Paulo