A oferta global de fertilizantes deverá crescer mais que a demanda nos próximos anos, disse nesta terça-feira (29) a diretora-geral da Associação Internacional de Fertilizantes (IFA, na sigla em inglês), Charlote Hebebrand, citando o aumento de produção nos Estados Unidos e na África.
Além disso, ela disse que o avanço tecnológico no campo, com a agricultura de precisão, e mesmo sementes mais produtivas explicam um crescimento menor na demanda por fertilizantes, que ficaram mais eficientes.
Segundo a executiva, a demanda global por fertilizantes deverá crescer 1,5% ao ano até 2021, enquanto a oferta desses produtos tende a aumentar mais de 2% ao ano no mesmo período.
"As grandes regiões exportadoras serão China, América do Norte e países da Ásia ocidental, que têm grande crescimento em fosfato. Já os maiores importadores serão a Índia, o Brasil e a África, que, embora represente apenas 2% do mercado global de fertilizantes, tem uma demanda crescendo muito", afirmou Charlote a jornalistas, no intervalo do 7° Congresso Brasileiro de Fertilizantes, em São Paulo.
Por componente, a diretora-geral da IFA disse que a entidade espera um aumento de demanda de 1,2% ao ano para o nitrogênio até 2021, com a oferta elevando-se em 1,8% ao ano. Isso deve resultar em um superávit mundial de 10 milhões de toneladas do produto daqui a quatro anos, ante 8 milhões de toneladas em 2016.
Charlote falou durante o 7° Congresso Brasileiro de Fertilizantes.
Fonte: Reuters