Setor de higiene deve crescer até 3%

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São Paulo - A indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos caminha para um crescimento real entre 1% e 3% neste ano sobre 2016. A variação levaria a um faturamento de R$ 50 bilhões.

 

Com o resultado, as empresas do segmento reverteriam queda de 6% registrada no ano passado, já descontada a inflação. Adicionalmente, o desempenho interromperia dois anos de recuos sucessivos do setor.

 

Os dados foram apresentados ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), na abertura da feira in-cosmetics Latin America. O evento ocorre no Expo Center Norte, em São Paulo, e termina hoje.

 

O presidente da entidade, João Carlos Basilio da Silva, aponta o controle da inflação e o acesso ao saldo inativo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como pontos positivos para o desempenho do setor. "O salário passou a ter um crescimento real", acrescenta o dirigente.

 

Para 2018, a previsão é de que o País ultrapasse o Japão e se torne o 3º maior mercado no segmento, atrás somente de Estados Unidos e China. Silva explica que o otimismo leva em consideração o crescimento da economia brasileira de 1,5% no próximo ano. Segundo o último boletim Focus, do Banco Central, o mercado financeiro estima alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2%.

 

A confiança está lastreada na possibilidade de expansão em diversos mercados. O dirigente cita como exemplo os produtos que previnem os efeitos nocivos da poluição, que devem ter mais relevância nos próximos anos.

 

Tributos

 

Apesar da previsão otimista, Silva critica a carga tributária. Ele cita o aumento de alíquotas em 18 Estados, nos últimos dois anos, e exemplifica com a alta de 125% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) mineiro. Apenas o setor de cigarros apresentaria maior volume de tributos, garante o dirigente.

 

Outro ponto negativo é a base de cálculo do Imposto de Produtos Industrializados (IPI), que desde 2015 passou a considerar custos com a distribuição e não apenas para os fabricantes. Porém, Silva está otimista que esta medida seja revista após algumas sentenças na Justiça. "Já tivemos várias decisões favoráveis, inclusive uma sentença mostrando que foi inconstitucional."

 

 

Fonte: DCI São Paulo


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