Casas Bahia apostam alto no potencial do mercado baiano

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O desenvolvimento da região baiana, puxado em grande parte pelo Bolsa Família do governo federal, que proporcionou aos consumidores daquela região um maior poder aquisitivo, levou a gigante de eletroeletrônicos e móveis Casas Bahia a abrir hoje as portas de suas primeiras quatro lojas na Bahia. A empresa calcula que em cerca de um ano o tíquete médio nessa região - que começará com R$ 200 - se equipare à média brasileira de R$ 350. Este será o período de maturação das 32 lojas que a varejista abrirá por lá até o final do ano que vem.

 

O diretor financeiro da rede, Michael Klein, estima que a operação baiana repita o mesmo sucesso de outras praças, tendo como referência Minas Gerais, estado em que a companhia mantém 60 pontos-de-venda. Desta forma, só no primeiro ano de atuação na Bahia, a projeção é alcançar faturamento de R$ 500 milhões, correspondente ao desempenho das unidades mineiras - 4% de seu faturamento global.

 

Segundo Klein, a conjuntura atual é favorável à conquista destes resultados, vista a proximidade do Dia das Mães, a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e os preços mais competitivos em relação ao mercado local. "Praticaremos a mesma tabela de preços utilizada em São Paulo. Aqui [em Salvador] os preços são mais altos que em outras capitais", afirma o empresário, ao DCI.

 

Depois de um ano de atuação no mercado baiano, Klein espera manter o mesmo faturamento por metro quadrado de São Paulo, por isso a meta é trabalhar o mesmo mix de produtos nas duas regiões. "Depois da abertura das 32 lojas em 2010, planejamos atingir 60 unidades a longo prazo. A expansão será concentrada entre a capital soteropolitana e Feira de Santana, e posteriormente partiremos para o interior do estado."

 

Este ano, a Casas Bahia aportará R$ 23 milhões na sua estreia no Nordeste, com a abertura prevista de 20 filiais. Além disso, desde novembro do ano passado a varejista de "eletromóveis" tem investido na construção de seu oitavo centro de distribuição, em Camaçari (BA), cuja conclusão está prevista para este ano. Até iniciar essa operação, a logística será efetuada a partir de um depósito alugado em Salvador com 14,5 mil metros quadrados.

 

Concorrência

 

Michael Klein, filho do fundador da rede, Samuel Klein, avalia que a chegada ao território baiano não causará temor à concorrência, formada principalmente pelas redes Insinuante, Ricardo Eletro, Lojas Maia e Elektra. "Nossa vinda estava anunciada havia muito tempo, e os concorrentes se prepararam", brinca, enfatizando que a rede terá condições boas para competir, principalmente nos quesitos preço e concessão de crédito.

 

Tal movimento de expansão também é importante e um tipo de blindagem geográfica, visto que a disputa com a rival Insinuante pode ser intensificada, se a empresa levar a cabo o plano de adquirir a carioca Ponto Frio, em um consórcio com o banqueiro André Esteves, dono do fundo de investimentos Banking & Trade Group (BTG), que semana passada comprou a operação brasileira do banco UBS Pactual.

 

Ritmo

 

Michael Klein descarta a hipótese de a companhia diminuir o ritmo de abertura de lojas em outras praças devido à crise financeira, dado que as 20 lojas baianas correspondem a mais da metade do planejamento de expansão da rede previsto para este ano. "Concretizaremos nossa meta mês a mês", enfatiza o diretor executivo. Outra vantagem citada pelo empresário é que suas lojas terão maior mix de produtos. "Muita gente estava aguardando nossa chegada para comprar produtos de alto valor agregado, por isso, esperamos em breve ter o mesmo nível de vendas por metro quadrado que São Paulo", sinalizou.

 

O momento parece favorável para a rede, tanto que, nos itens de linha branca, a redução do IPI impulsionou as vendas em 15% na comparação entre a primeira e a segunda quinzena deste mês. "Se mantido este ritmo, o faturamento poderá chegar ao mesmo nível do registrado em maio do ano passado, quando não havia indícios de crise", anseia o empresário. Na categoria eletrodomésticos, a linha branca terá maior participação nas vendas neste período. Quanto à operação da loja virtual, Klein demonstra entusiasmo e diz que já foi batida a marca de dois milhões de acessos mensais à home page da Casas Bahia, desde fevereiro. Segundo ele, a quantidade de acessos ao site da empresa cresce fortemente.

 

Com a meta ambiciosa de alcançar faturamento anual de R$ 500 milhões no estado, a líder no segmento de eletroeletrônicos e móveis Casas Bahia inicia hoje atividades em suas quatro primeiras lojas no Estado da Bahia e já vê potencial para instalar na região 60 filiais, fato que deverá se assemelhar à operação instalada em Minas Gerais. O investimento inicial nesta empreitada chegou a R$ 23 milhões, e contemplará a abertura de 20 lojas somente neste ano.

 

Segundo o diretor executivo Michael Klein, no período de um ano o tíquete médio na região - que começará com R$ 200 - poderá se equiparar à média brasileira de R$ 350. "Muitos aguardavam nossa chegada para comprar produtos de alto valor agregado, por isso teremos logo a mesma quantidade de vendas por metro quadrado que temos em São Paulo", diz.

 

O empresário relata que a redução do imposto a produtos de linha branca fez com que as vendas na quinzena fossem 15% maiores frente à quinzena anterior. Enquanto isso, no Wal-Mart, este número foi superior a 25% se comparado a 2008. No período em que o tíquete das compras de Dia das Mães no comércio eletrônico deverá ser R$ 325, a Casas Bahia diz que o desempenho no canal está acima do esperado: mais de 2 milhões de acessos mensais.

 


Veículo: DCI


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