Os auditores fiscais federais agropecuários (Affas) tiveram dificuldades para fiscalizar o setor nos dias de greve dos caminhoneiros. Além dos problemas logísticos, como a falta de combustível para o trabalho, a inspeção dos produtos de origem animal foi prejudicada pela falta de insumos, que levou os animais a ficarem mais tempo no campo com falta de alimentos.
Uma das consequências da suspensão ou redução nos abates são o aumento e o surgimento de doenças nos animais. "Eles estão confinados e começam a ter uma alimentação que não é a adequada, e essa situação leva ao estresse, que pode aumentar casos de doenças", alerta auditor fiscal federal André Barbosa da Silva. Ele integra o comitê de crise do Estado de Santa Catarina.
Em Santa Catarina, único Estado livre de febre aftosa sem vacinação, os Affas tiveram de se esforçar para manter essa condição. "Estamos priorizando a fiscalização para garantir que o Estado continue livre da febre aftosa e os alimentos continuem chegando seguros à população", afirma André Barbosa.
No estado de São Paulo, o abate de animais tinha sido suspenso em Votuporanga. Em Marília e Ribeirão Preto os entrepostos estavam com dificuldade de funcionamento, e o setor de pescados em Santos ficou parado. Houve uma drástica redução das exportações em Guarulhos. "Os auditores têm se desdobrado, comprado combustível com recursos próprios para conseguir atender às demandas nas plantas que ainda estão em funcionamento", explica a Affa Luciana Pomillo.
Fonte: Suinocultura