Os produtores rurais de Minas Gerais estão demandando maior volume dos recursos disponibilizados através do Plano Agrícola e Pecuário (PAP). Segundo os dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), entre julho de 2017 e maio de 2018, os desembolsos para o agronegócio estadual ficaram 16% maiores que os registrados em igual período da safra passada, elevando para R$ 19,13 bilhões o montante já liberado.
A maior parte dos recursos liberados para o Estado foi destinada à produção agrícola, R$ 12,37 bilhões, e o restante para a pecuária, com desembolsos estimados em R$ 6,76 bilhões. Dentre as linhas, o destaque continua sendo a de investimento, cuja demanda aumentou 28%, mostrando maior otimismo por parte dos produtores rurais.
De acordo com o levantamento da Seapa, ao longo dos 11 primeiros meses da safra 2017/18, foram aprovados 205,2 mil contratos do crédito agrícola em Minas Gerais, elevação de 5% frente aos 195,6 mil pedidos aprovados em igual período do ano passado. O volume de recursos liberados cresceu 16% e alcançou R$ 19,13 bilhões, respondendo por 13% do volume desembolsado para o País, que no período somou R$ 151,8 bilhões.
A maior parte dos recursos disponibilizados para o Estado foi para aplicação na agricultura. Os dados mostram que já foram desembolsados R$ 12,37 bilhões para o setor, montante 18% superior aos R$ 10,46 bilhões registrados em igual período do ano safra anterior. Somente para a agricultura, foram aprovados 85,9 mil contratos, ante os 80,7 mil liberados em igual período da safra passada, o que representa um crescimento de 6%.
Na pecuária, a demanda pelo crédito cresceu 11% e somou R$ 6,76 bilhões. No período, foram aprovados 119,3 mil contratos, volume 4% maior. Linhas - Durante os primeiros 11 meses da safra, os produtores de Minas Gerais demandaram R$ 10,43 bilhões na linha de custeio, aumento de 11% frente a igual período do ano passado.
O crédito destinado ao custeio da agricultura cresceu 11% e encerrou o período em R$ 7,02 bilhões. Ao todo, foram aprovados 54,8 mil contratos na agricultura, variação negativa de 3%. Em maio, as culturas que demandaram maior volume de recurso da linha de custeio foram a soja (R$ 210,6 milhões), café (R$ 160,2 milhões) e milho (R$ 48,51 milhões).
Para a pecuária os desembolsos da linha de custeio chegaram a R$ 3,41 bilhões, aumento de 12%. O número de contratos recuou 4%, com a aprovação de 40 mil pedidos de crédito. Dentre os produtos, a maior parte dos desembolsos foi destinada à bovinocultura, que somou R$ 161,4 milhões, seguida pela suinocultura, R$ 30,8 milhões, e pela avicultura, com R$ 4,41 milhões liberados.
Os produtores mineiros se mantiveram otimistas e buscando maior volume de crédito da linha de investimentos. Entre julho de 2017 e maio de 2018, os desembolsos para a linha somaram R$ 4,43 bilhões, valor 28% superior aos R$ 3,47 bilhões liberados em igual período da safra anterior. No Estado, o número de contratos aprovados para a linha de investimentos ficou 12% superior, com o pagamento de 106,8 mil contratos.
A demanda pela linha de investimento cresceu 41% na agricultura, com a liberação de R$ 2,25 bilhões para aplicação na atividade. Ao todo, foram aprovados 28,47 mil contratos, crescimento de 27%. Na pecuária foi verificada alta de 16% na demanda pelo crédito da linha de investimento, que somou R$ 2,19 bilhões liberados entre julho de 2017 e maio de 2018. A aprovação de contratos cresceu 8% e encerrou o período em 78,3 mil liberações.
Em Minas Gerais, o valor liberado para a linha de comercialização da safra somou R$ 4,12 bilhões, aumento de 20% frente aos R$ 3,43 bilhões liberados nos primeiros 11 meses da safra anterior. Ao todo, foram aprovados 3,4 mil contratos, aumento de 70%. Para a agricultura, o crédito da linha de comercialização alcançou R$ 3 bilhões, variação positiva de 27%. Já para a pecuária, o montante liberado, R$ 1,12 bilhão, está 5% maior.
Fonte: Diário do Comércio de Minas