O varejo na cidade de São Paulo deve registrar avanço de 3% a 5% nas vendas referentes ao Dia dos Pais, segundo estimativa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Apesar da perspectiva positiva, a continuidade do inverno é fundamental para concretização da estimativa.
“Um fator importante é o tempo. Se a temperatura cair, roupas e calçados da moda Outono-Inverno podem ter bastante procura. Além disso, o Dia dos Pais é uma data de presentes pessoais e as lojas anteciparam a liquidação de seus estoques, o que também pode favorecer o segmento”, analisa o superintendente institucional da Associação Comercial, Marcel Solimeo.
Na área de bens duráveis, ele avalia que celulares sempre são uma opção e TVs também podem ter boa saída se houver ofertas atrativas quanto a preço e prazo. “Há um estoque grande de TVs, resultante da saída prematura da seleção brasileira da Copa do Mundo”.
Solimeo frisa que o cenário macroeconômico está mais favorável para compras agora em comparação com 2017, principalmente por conta da queda da taxa de juros, ainda que a sensação do consumidor seja de incertezas com a economia brasileira. Na outra ponta, ele destaca o impacto do câmbio em alguns itens. “O dólar está mais alto e, com isso, presentes como perfume e vinho podem ficar mais caros."
Confiança melhora
Para corroborar com um Dia dos Pais mais forte, confiança do consumidor brasileiro começa a dar sinais de melhora. Segundo o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) houve alta de ,1 pontos em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. Com isso o indicador passou de 82,1 pontos em junho para 84,2 pontos em julho.
O indicador, porém, vinha de três meses consecutivos de retração. Em junho, o recuo tinha sido de 4,8 pontos ante ao mês de maio. "Normalmente, após a ocorrência de choques como o de maio, a confiança dos agentes é afetada negativamente num primeiro momento e se recupera em seguida. Embora seja uma boa notícia, a recuperação apenas parcial de julho sugere que o ritmo lento da economia e do mercado de trabalho continua pesando bastante nas avaliações do consumidor", avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor, em nota oficial.
Fonte: DCI