Produção de açúcar recua ainda mais

Leia em 1min 40s

São Paulo - O Brasil deve produzir na safra 2018/19, iniciada em abril, o menor volume de açúcar desde 2015/16, com a preferência das usinas pelo etanol, projetou nesta terça-feira (21) a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

 

Em seu segundo levantamento sobre o ciclo vigente, divulgado ontem, a companhia previu uma produção de 34,25 milhões de toneladas de açúcar, ante 35,48 milhões na estimativa anterior – de maio – e 37,86 milhões de toneladas no ciclo passado.

 

Trata-se de um volume semelhante ao observado três anos atrás, segundo o órgão de estatísticas. Do total produzido, 31,60 milhões de toneladas virão do Centro-Sul, principal área produtora do País, e os outros 2,64 milhões de toneladas do Norte e do Nordeste.

 

O corte na estimativa ocorre em meio ao enfraquecimento das cotações internacionais do açúcar, resultado do excesso global de oferta. Além disso, o etanol tem se mostrado mais atrativo internamente, na esteira de mudanças tributárias e uma nova política de formação de preços de combustíveis.

 

Segundo a Conab, o Brasil deverá produzir neste ano 30,41 bilhões de litros de álcool. O volume é superior aos 28,16 bilhões de litros estimados em maio e também frente os 27,24 bilhões de 2017/18. O Centro-Sul responderá por 93,5% do total.

 

“O etanol, diferentemente do açúcar, que tem sua comercialização pautada em contratos futuros, permite que a unidade de produção aumente o fluxo de caixa com maior rapidez, uma vez que a comercialização é praticamente instantânea. O pagamento é realizado tão logo o combustível é entregue na distribuidora”, lembrou a Conab.

 

Volumes

 

A companhia estimou ainda uma produção de 635,51 milhões de toneladas de cana em 2018/19, sendo 587,47 milhões no Centro-Sul e 48,04 milhões no Norte e Nordeste. Em maio, a Conab previa moagem de 625,96 milhões de toneladas para a safra atual, enquanto em 2017/18 o volume foi de 633,26 milhões.

 

Fonte: DCI

 


Veja também

Algodão: Ritmo de negócios segue lento, baixas se mantêm

As negociações da pluma estão em ritmo lento no mercado brasileiro, e os preços seguem em qu...

Veja mais
Manga: Colheita de tommy ganha ritmo na bahia

À medida que setembro se aproxima, o volume de manga tommy tende a aumentar no mercado brasileiro, conforme indic...

Veja mais
Arroz: Mercado segue firme e média mensal é a maior desde fev/17

Com as recentes altas nos preços do arroz, a média do Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% de grãos inteir...

Veja mais
Cotação do trigo deve se manter elevada mesmo com início da colheita

A entrada da safra brasileira de trigo no próximo mês de setembro e da produção argentina no ...

Veja mais
Brasil pode plantar recorde de 36 milhões de hectares de soja

O plantio de soja na safra 2018/19 do Brasil deve crescer pelo 12º ano seguido e atingir novo recorde, superior aos...

Veja mais
Ovos: baixa demanda e oferta crescente

Ontem, segunda, pelo décimo sétimo dia consecutivo, os preços de referência dos ovos brancos ...

Veja mais
Produção de Ovos e Consumo Per Capita no Brasil em 2017

Segundo relatório anual da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o volume de ovos...

Veja mais
Cesta básica sorocabana cai em julho após duas altas

A cesta básica sorocabana apresentou queda em julho após duas altas anteriores. Na comparaçã...

Veja mais
Leite: Com atacado abastecido, negociação é limitada e preços caem

Os preços do leite UHT e do queijo muçarela continuam em queda. Segundo colaboradores do Cepea, a press&at...

Veja mais