Desde o início da safra 2018/2019 até 15 de setembro, a produção de etanol acumulou alta de 30,31%, confirmando uma temporada mais alcooleira, informou ontem a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
Com isso, a produção no período foi de 22,7 bilhões de litros, sendo 7 bilhões de anidro e 15,7 bilhões de hidratado. Por outro lado, a fabricação de açúcar totalizou 20,9 milhões de toneladas, recuo de 20,7% quando comparada a igual período de 17/18.
Na primeira metade de setembro, a fabricação de açúcar caiu 31,57% em relação a mesma quinzena de 2017, somando 2,15 milhão de toneladas. No caso do etanol, houve aumento de 6,8%, com 2,2 bilhões de litros produzidos, sendo 1,5 bilhão de hidratado e 696,6 milhões de anidro.
Conforme a Unica, 62,7% da matéria-prima processada nos 15 dias iniciais de setembro destinou-se à produção de etanol ante 52% na mesma quinzena de 2017. Na safra, esse percentual atinge 63,4%.
Vendas aquecidas
As vendas do biocombustível hidratado pelas unidades do Centro-Sul atingiram 962,32 milhões de litros na primeira quinzena de setembro, alta de 42,69% em comparação a igual período do ano passado, resultado da competitividade do produto em relação à gasolina. No caso do etanol anidro, o volume alcançou 353,68 milhões de litros nos primeiros 15 dias do mês. No total, as vendas somaram 1,31 bilhão de litros ante 1,47 bilhão de litros na segunda quinzena de agosto de 2018. A redução decorre do menor número de dias úteis na 1ª quinzena de setembro, justifica a Unica em nota.
No acumulado de abril até 15 de setembro deste ano, as vendas de etanol pelas usinas e destilarias do Centro-Sul totalizaram 13,5 bilhões de litros, sendo 775 milhões destinados ao mercado externo e 12,8 bilhões comercializados domesticamente, alta de 18% na comparação com o mesmo período da safra passada.
A moagem de cana-de-açúcar pelas unidades produtoras do Centro-Sul atingiu 430,3 milhões de toneladas desde o começo da safra, praticamente o mesmo valor observado em igual período do ciclo anterior. “Como era esperado, a intensa quebra agrícola registrada deve repercutir na data de término da safra no Centro-Sul”, explica o diretor da Unica, Antonio de Padua Rodrigues.
Segundo a entidade, apenas 12% das empresas devem processar cana em dezembro de 2018, contra 36% verificados no mesmo mês de 2017; 38% das usinas devem encerrar a safra até o final de outubro e, 49%, em novembro.
Fonte: DCI