Brasil ocupa apenas 30,2% do território para produção de alimentos

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O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos. Somente em relação às proteínas animais, o país é líder na exportação de carne de frangos e carne bovina e quarto maior fornecedor global de carne suína; em produção, é o segundo em carne de frangos e carne bovina e o quarto em carne suína. “São números fantásticos que colocam o Brasil na elite da produção mundial de alimentos. E tudo isso feito com respeito ao meio ambiente e segurança alimentar”, disse Eumar Novacki, secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no HORIZONS, evento organizado pela Trouw Nutrition, que discute as tendências da produção mundial de alimentos e será encerrado hoje, dia 10, em Atibaia (SP).

 

“Toda essa produção ocupa apenas 30,2% da área territorial do Brasil”, destacou Novacki, ressaltando que 66% do território nacional são compostos por mata nativa. “Não podemos perder a guerra da comunicação. Temos de mostrar para o mundo que estamos produzindo mais alimentos com sustentabilidade e sem ocupar novas áreas”.

 

Stefan Mihailov, presidente da Trouw Nutrition – uma das maiores indústrias de alimentação animal do mundo – trouxe ao Horizons números que demonstram a necessidade de aumento da produção global de alimentos para atender à crescente população. “Projetando para 2050, serão 2,2 bilhões a mais de pessoas no mundo. A FAO ressalta que é preciso produzir 70% mais de alimentos. E o Brasil tem de cumprir 40% desse objetivo. Estamos fazendo a nossa parte e com muita responsabilidade”, disse o dirigente. “Nascem 2,5 pessoas por segundo no mundo. Em pouco mais de três décadas, teremos de produzir a mesma quantidade de alimentos dos últimos 8 mil anos!”. Stefan Mihailov pontuou que não basta apenas produzir mais, é preciso atender aos interesses de um novo consumidor mais urbano, sofisticado e conectado. “Esse consumidor quer alimentos mais seguros, vindos de animais que não foram tratados com antibióticos. Ele também exige transparência dos fornecedores”.

 

Mark Wiessing, presidente do Rabobank Brasil, lembrou da distribuição desigual dos recursos naturais no mundo, o que impacta diretamente a oferta futura de alimentos para atender à população. Quanto à urbanização da população mundial, Wiessing mostrou que em 1960 havia no planeta 15 hectares de terras agriculturáveis por pessoa; atualmente, são apenas 0,5 hectares por pessoa. O dirigente também focou sua preocupação no desperdício de alimentos. “O mundo joga no lixo 2,5 milhões de toneladas de alimentos por minuto! Precisamos mudar esse cenário”, disse.

 

Fonte: Suíno Cultura Industrial

 

 

 


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