O Brasil exportou 23,6 milhões de sacas de café no acumulado de janeiro até setembro, um avanço de 7,3% na comparação com igual período do ano passado. A receita, por sua vez, registrou queda de 6%, para US$ 3,5 bilhões na mesma base.
As informações foram divulgadas ontem no relatório mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), referente a setembro. Segundo o balanço, as exportações de café no mês passado atingiram 3,02 milhões de sacas, volume 24% superior a setembro de 2017, quando o País exportou 2,4 milhões de unidades.
“Registramos um bom volume de exportação de café no período. No entanto, calculamos que poderíamos ter embarcado de 10% a 15% a mais se não fossem os problemas de falta de contêineres e espaço nos navios”, disse o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, no documento.
Por conta dos problemas com questões logísticas de navegação para escoamento da commodity, Carvalhaes garante que o Cecafé tem participado de conversas com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em busca de soluções satisfatórias.
Entre as variedades, o café arábica teve um aumento de 14,9% na venda ao exterior na base anual, chegando a 2,4 milhões de sacas em setembro, o que corresponde a 81% do volume total negociado. Já o café robusta atingiu participação de 9,7%, com 291,6 mil sacas exportadas. O solúvel registrou embarque de 280,3 mil sacas, chegando a uma participação de 9,3% nas vendas internacionais do grão.
Os principais destinos continuam sendo Estados Unidos, que importou 4,1 milhões de sacas ou 17,4% do total; Alemanha, que comprou 3,6 milhões de sacas (15,3%) e Itália, que adquiriu 2,2 milhões de sacas (9,2%). Em setembro, o preço médio do café foi de US$ 135,88 a saca, queda de 18,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a média era de US$ 166,87 por saca.
Fonte: DCI