O consumo de eletricidade do Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou crescimento de 0,3% em setembro deste ano na relação com setembro de 2017, totalizando 39.080 gigawatts/hora (Gwh).
Os dados integram a Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrico divulgada ontem, no Rio de Janeiro, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A alta foi puxada pelo setor industrial, onde o consumo avançou 1,2% em setembro. A demanda das classes comercial e residencial fechou em queda de -1,2% e -0,8%.
Regionalmente, o maior uso de energia foi puxado em setembro pelo Nordeste, com expansão de 2,9% e pelo Sudeste: 1,5%. Nas demais regiões houve retração.A maior queda ocorreu na Região Norte (10%), seguida do Centro-Oeste (2%) e Região Sul (0,3%).
Os dados da EPE, responsável pelo planejamento energético do país, indicam, ainda, que o mercado cativo das distribuidoras teve retração de 2,1% em setembro e de -1,6% no acumulado dos últimos 12 meses. Já o consumo livre aumentou 5,2% no mês e 8,6% em 12 meses.
Segmento industrial
O avanço de 1,2% no consumo industrial em setembro, ante ao mesmo mês de 2017, o equivalente a 14.419 Gwh, reflete o aumento no consumo em seis dos 10 ramos da indústria que mais usaram eletricidade: extrativo de minerais metálicos (12,1%); químico (9,5%); e automotivo (3,8%). Entre as regiões, destaque para o Sudeste com alta de 4,2%.
Já a classe comercial teve queda de 1,2%, reflexo das temperaturas amenas em quatro regiões do País. As condições climáticas beneficiaram apenas o Nordeste, onde o consumo cresceu 3%.
Já na classe residencial, o consumo mais baixo no mês, -0,8%, foi impactado também pelo clima ameno.
O consumo mensal das residências atingiu 11.007 GWh. A alta no Nordeste e no Sul, no entanto, não foi bastante para contrabalançar o recuo nas outras regiões.
Fonte: Agência Brasil